SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

O QUE GERA O CRIME ORGANIZADO E A CRIMINALIDADE NO CEARA E NO BRASIL?



 

O que gera o crime organizado, o comércio da fé, as violências, muito se discute sobre as consequências nas vidas das pessoas sem discutir as causas! As principais causas que geram tudo isso são as desigualdades e a miséria. Eu não quero discutir as desigualdades e a miséria! Eu quero discutir o que gera as desigualdades e a miséria! O que gera são os Privilégios no Estado, Corrupção e Impunidade de uma minoria que destrói a vida e mata a maioria da população. Elites, Oligarquias e Tecnocratas, capitães do mato que usam as instituições brasileiras para trocar moedas entre si, criam processos inúteis que não atuam sobre as causas há décadas e séculos. Mentem, roubam e matam de forma impune. O que gera são Bilhões de incentivos fiscais no Ceará enquanto a maioria da população vive na pobreza extrema sobre o silêncio dos políticos de direita e esquerda. O que gera é Oligarquias como dos Ferreira Gomes, Camilo Santana, Izolda Cela, há décadas no poder no Ceará, herdam a máquina do Estado com cargos e orçamentos públicos, corrupção em campanhas milionárias, incluindo incentivos fiscais, impunidade e incompetência cometendo os mesmos erros há décadas, e uso das instituições públicas para interesses privados transformando numa Máfia sem lei. No Brasil um dos países mais injustos e desiguais do mundo. No Ceará um dos Estados mais injustos e desiguais do Brasil comandado pela Ditadura da Oligarquia que mente sobre a situação da educação no Ceará que exclui a maioria da população do acesso à educação, deixando a população na miséria, onde cresce as periferias o crime. 

 

Nós professores da Escola pública somos o início de um ciclo educacional que gera 5 anos na educação infantil, 9 anos no ensino fundamental, 3 anos no ensino médio e cinco anos na Universidade. Ao todo 22 anos! Não podemos mentir para elas, o que gera suas escolas destruídas sem condições de educar, a miséria dela e de seus parentes há séculos, a falta de uma casa e as periferias, a fome, as doenças, os crimes. E que a verdade que causa tudo isso são os privilégios, corrupção e impunidade sem lei, uma minoria que destrói a vida e mata a maioria da população. Elites, Oligarquias e Tecnocratas, capitães do mato que usam as instituições brasileiras para trocar moedas entre si, tirando direitos e inviabilizando a economia, democracia e a vida há décadas no poder vivendo de publicidade e campanhas milionárias pagas com dinheiro público. O que gera a miséria e violência, é o crime organizado das elites, oligarquias e tecnocratas que roubam o Estado e vivem de privilégios às suas famílias.       

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

HORA DE MUDAR O SISTEMA QUE AVALIA AS ESCOLAS E A EDUCAÇÃO NO CEARÁ E NO BRASIL.

 


Lanço aqui um desafio para mudar o sistema que avalia as escolas e a educação no Brasil. O IDH - Índice de Desenvolvimento Humano incorpora três variáveis: Educação, Saúde e Renda. Por que nossa avaliação das escolas foca apenas em duas disciplinas como Português e Matemática? Porque cada Estado faz o seu? Deveria ser uma auditoria externa sem vínculos com a Secretária de Educação. Isso aumenta a independência e a credibilidade. 



Além das notas devemos avaliar as condições de pobreza de alunos e famílias que dificultam sua aprendizagem visando integrar políticas públicas como sociais, saúde, e trabalho para os pais. Devemos avaliar as condições físicas e materiais pedagógicos da Escola que facilitam a docência e as didáticas. E incluir avaliações sobre as condições de trabalho do professor, incluindo sua saúde. Não podemos premiar apenas as melhores, mas todas, incluindo as piores que conseguem avançar nesses itens. E gerar um plano por escola em cada uma dessas áreas, dividindo as responsabilidades incluindo a família, comunidade, governos, universidades, enfim a Sociedade com missões e metas educadoras. 



O Brasil adora esconder sua realidade, as desigualdades, violências e privilégios. Enquanto gerações pagam com a vida a educação da mentira e da morte, esses são os nossos dados oficiais, sobre os resultados sociais e econômicos da Educação. Por exemplo, no Ceará, durante décadas, apenas mudar as notas de uma minoria, não mudou a pobreza, exclusão e violência contra crianças, jovens, mulheres e suas famílias.  Enquanto a maioria da população do Ceará, 60 % é excluída do acesso à educação, sem concluir o ensino médio ou analfabeto.  



O PISA é um sistema de avaliação internacional que compara países, por isso duas disciplinas são avaliadas. Os melhores sistemas educacionais uniram políticas educacionais com sociais, além de outros fatores como formação de professores, condições das escolas, menor nível de pobreza e violências, entre outros. A quem interessa dizer quem tem as melhores escolas apenas avaliando duas disciplinas e negando todos os outros fatores? A quem interessa excluir o debate sobre a violência e pobreza extrema que o Ceará não consegue mudar a quase quatro décadas mesmo que o nome da política se chama” Educação de qualidade para todos” que sempre excluiu a maioria do povo cearense?  A que marketing, negócios e interesses de fundações e políticos serve esse modelo que é contrário a uma educação pública de qualidade capaz de transformar vidas? Como um modelo que escraviza professores e alunos podem ser debatido publicamente e não usar a escola como ditadura de capitães do mato que usam dinheiro público sem participação efetiva da sociedade e sem debater pensamentos contrários aos seus como deve ser numa Democracia capaz de formar cidadãos críticos e criativos.        











domingo, 26 de novembro de 2023

Por que 'ESG' virou algo sem sentido?

 

Por que 'ESG' virou algo sem sentido?

Torres de energia eólica

CRÉDITO, GETTY IMAGES

  • Author, Kristen Talman
  • Role, BBC Worklife

Em 2015, a expectativa tomou conta da capital francesa, Paris, onde os líderes mundiais estavam reunidos para a COP21, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.

Depois de semanas de intensos debates, foi apresentada uma promessa no dia 12 de dezembro: 196 países se comprometeram a tomar medidas contra as mudanças climáticas, com o objetivo de zerar suas emissões de carbono até 2050.

Para as empresas, a decisão simbolizou o início do movimento chamado "ESG", que consiste em manter o foco nas questões ambientais ("environmental", em inglês), sociais e de governança na tomada de decisões comerciais.

Empresas de todo o mundo criaram campanhas individuais ambiciosas para atingir o objetivo de emissão zero. Surgiram diversas estratégias de investimento concentradas nas práticas de ESG, que frequentemente incluíam transições para a energia verde e a retirada de investimentos em combustíveis fósseis.

Um exemplo foi a empresa norte-americana de telecomunicações Verizon, que se comprometeu a gerar energia renovável equivalente a 50% do seu consumo anual de eletricidade até 2025. Já a seguradora francesa Axa prometeu romper seus laços com a indústria de carvão até 2030.

E, depois do assassinato de George Floyd nos Estados Unidos em 2020, empresas multinacionais como a Apple, AbbVie, Facebook, Pfizer, Johnson & Johnson e Procter & Gamble prometeram investir o montante combinado de US$ 340 bilhões (cerca de R$ 1,7 trilhão) para promover causas relacionadas à justiça racial. 

O anúncio desses vultosos compromissos com a prática de ESG, muitas vezes, serviu para impulsionar os preços das ações e a reputação das empresas. Mas, ao longo dos anos, a sigla criou mais confusão do que mudanças positivas – e até problemas. 

Na verdade, alguns desses compromissos de ESG criaram inúmeras dificuldades para os executivos, segundo a professora clínica Alison Taylor, da Escola de Negócios Stern da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos. 

O movimento ESG é cada vez mais rotulado de capitalismo "woke" e acusado de permitir a prática do "greenwashing". 

Por isso, Taylor afirma que mesmo as empresas que continuam a prometer emissões zero deixaram de rotular suas decisões comerciais como prática de ESG. 

Essa medida pode trazer alívio para as empresas que enfrentaram reações cada vez mais adversas por terem adotado o termo sem realizar mudanças substanciais, particularmente em uma época de expectativas cada vez maiores do público em relação à responsabilidade empresarial.

Líderes erguendo as mãos em frente a painel de evento

CRÉDITO, ARNAUD BOUISSOU/COP21/ANADOLU AGENCY/GETTY IMAGES

Legenda da foto, 

Durante a COP21 em 2015, os líderes globais chegaram a um acordo histórico para enfrentar as mudanças climáticas

A sopa de letras do ESG

Logo: BBC Lê
BBC Lê

Podcast traz áudios com reportagens selecionadas.

Episódios

Fim do Podcast

A fragilidade do movimento ESG como um todo – que foi, em muitos aspectos, um importante catalisador para sua queda – pode muito bem ter sido seu próprio nome, que se transformou em um slogan genérico com pouco significado concreto.

O professor de finanças Alex Edmans, da London Business School, afirma, em primeiro lugar, que as três palavras representadas pela sigla não se encaixam.

"Ambiental e social descrevem a forma como servimos à sociedade como um todo", explica ele. "Governança é sobre como geramos retorno."

Um plano de emissões zero, por exemplo, é um compromisso ambiental. Garantir contratações igualitárias certamente é um compromisso social. E a governança se refere à estrutura da política corporativa, como a relação salarial entre o CEO (diretor-executivo) e os funcionários.

Mas, muitas vezes, essas ambições são funcionalmente incompatíveis entre si.

A consultora de ESG de Londres Tara Shirvani, ex-chefe de integração de ESG para projetos de infraestrutura do Banco Mundial, concorda que a falta de clareza gerada por um termo tão abrangente é consequência da reunião de três palavras que dificultam sua aplicação na prática.

"Vamos considerar, por exemplo, uma empresa de mineração de lítio. Você precisa de muito lítio para a revolução que é a transição energética", explica ela.

Uma empresa poderá buscar fornecedores de lítio na América Latina, que usa eletricidade verde nas suas operações de mineração. Assim, ela atenderá o compromisso "E" ("environmental", ambiental) da expressão.

Mas uma eventual investigação pode concluir que aquele fornecedor viola as leis trabalhistas locais. Com isso, o componente "S" (social) da iniciativa ESG não será cumprido.

Sem uma definição sólida – e, muitas vezes, uma forma realista de cumprir a promessa – "ESG" acabou representando diferentes coisas para pessoas diferentes.

Muitos acreditam, por exemplo, que o termo só se aplica a investimentos em instrumentos financeiros verdes ou ao apoio a empresas que prometem reduzir suas emissões de carbono. Outros acreditam em interpretações mais amplas, como os investimentos socialmente responsáveis.

Mas as empresas vêm adotando de bom grado a qualificação ESG para todo tipo de decisões comerciais. E muitos investidores apoiaram alegremente os compromissos com as práticas de ESG.

A empresa de consultoria PwC calcula que os investimentos institucionais voltados à prática de ESG aumentem em 84% entre 2022 e 2026, elevando os ativos sob gestão ao astronômico nível de US$ 33,9 trilhões (cerca de R$ 166 trilhões).

Para as empresas, havia uma certa vantagem ao afirmar seu comprometimento com a prática de ESG, como sua inclusão em certos fundos negociados em bolsa (ETFs) ou o apelo aos pequenos investidores que desejam, cada vez mais, alinhar seus portfólios de investimento aos seus valores pessoais.

O próprio executivo-chefe da financeira BlackRock, Larry Fink, começou a escrever suas cartas anuais – um modelo na comunidade financeira – pedindo mais atenção aos riscos climáticos e consideração pela sociedade como um todo, além dos lucros.

Para algumas empresas, essas mudanças melhoraram sua reputação, atingindo as manchetes e conquistando elogios dos investidores. Mas, paralelamente, a corrida para adotar as práticas de ESG nas empresas levou ao uso excessivo do termo e desvalorizou seu significado, segundo Edmans.

"As pessoas dizem que qualquer coisa boa em uma empresa é ESG", explica ele. "Por isso, tem havido casos em que se diz, 'oh, esta empresa é bem administrada, vamos chamar isso de bom ESG'."

O resultado, segundo Shirvani, é que "na verdade, não surpreende que você tenha grandes investidores e outros deixando de agrupar estes três termos como algo único".

Em protesto, bandeira dos EUA repleta de logomarcas de empresas como Ford e Visa

CRÉDITO, ALAMY

Legenda da foto, 

A pressão do público e dos acionistas para que as empresas tomem medidas para enfrentar as questões ambientais, sociais e de governança é crescente

Na mira do público

O uso excessivo da expressão logo começou a revelar as falhas estruturais das práticas de ESG, o que gerou problemas para muitas companhias, depois de inúmeros elogios.

Nos Estados Unidos, investir em ESG se tornou uma questão política controversa entre alguns governantes.

O governador da Flórida, Ron DeSantis, defende que esquerdistas "woke" estão usando ESG como mecanismo para priorizar a ideologia sobre os lucros. Republicanos do Texas apresentaram leis contra a prática de ESG e o ex-vice-presidente americano Mike Pence afirmou que os investidores em ESG estão tentando atingir no mundo corporativo o que eles não conseguiram nas urnas.

No Reino Unido, o primeiro-ministro Rishi Sunak afirmou que as leis propostas sobre emissões zero ultrapassam os limites do governo e ameaçam os direitos do povo britânico.

Por outro lado, os proponentes de ESG indicam falhas das empresas em relação aos compromissos com a sustentabilidade.

Desiree Fixler, ex-chefe de sustentabilidade do braço de administração de ativos do Deutsche Bank, DWS Group, denunciou a empresa por ludibriar o público, exagerando as alegadas práticas de ESG nos seus fundos.

Instituições financeiras como o Bank of America, Citi e Santander deixaram de disponibilizar fundos para um ETF climático após reunirem a imprensa na COP27 de 2021 em Glasgow, no Reino Unido.

Já a Netflix sofreu ataques depois de dispensar conteúdo e talentos, reduzindo sua diversidade, enquanto marcas como a H&M, KLM, Nike e Samsung se envolveram em litígios contra a prática do greenwashing.

"Sou alguém geralmente considerado defensor de ESG e preciso admitir que parte da reação negativa é muito válida", afirma Edmans. "Os fundos dizem 'invista em mim, vou mudar o mundo', mas eles não mudam o mundo, na verdade. E é por isso que algumas pessoas, agora, têm prevenção contra eles."

Alguns dos executivos de hoje em dia podem estar dispostos a lavar as mãos em relação à expressão ESG, mas Taylor afirma que a próxima geração de líderes pode adotar esse conceito mais amplo com mais insistência, talvez sem usar o mesmo rótulo.

"Eu explico para meus alunos que houve uma época em que as empresas eram politicamente neutras", ela conta. Mas, para eles, a noção de uma empresa separada da política é uma relíquia do passado. "Eles me dizem que esta opção não existe mais."

Seus alunos talvez não estejam buscando compromissos identificados como iniciativas de ESG, segundo Taylor, mas eles mantêm a visão de que o papel das empresas na sociedade deve reconhecer os movimentos à sua volta, sejam eles as iniciativas de promoção da diversidade ou o abandono dos combustíveis fósseis.

E, em meio às mudanças climáticas e às questões sociais do mundo globalizado, as empresas enfrentam avaliações cada vez mais rigorosas das suas práticas comerciais.

Quer as empresas adotem ou recusem a terminologia ESG, seus investidores vêm pressionando cada vez mais para que elas trabalhem com preocupações ambientais, sociais e de governança em mente – seja qual for o nome escolhido para designá-las.

O PARAÍSO NA TERRA! OS DEZ MANDAMENTOS DA TERRA E DE DEUS.

 


É fácil falar da opressão, pobreza, corrupção, e luta pela democracia, mas quando acontece problemas dentro de instituições públicas? O desafio é enraizar essas lutas em nossas instituições, cidades, famílias e educar nosso ser. O que os membros dessas instituições fazem como Professores de Escolas e Universidades, demais funcionários públicos, membros do poder judiciário, médicos em hospitais, entre outros? Quando a opressão, autoritarismo, corrupção e outros é dentro de nossa casa, as pessoas se calam e atacam apenas os de fora? Que conhecimento e ética é esse que é seletiva, corporativista e hipócrita? É muito acordo entre feudos que querem mandar na lei, na ética e no conhecimento. Em nome de que? Dos seus umbigos, egos e vaidades. As instituições se tornam um cabaré, uma selva, onde os mais fortes massacram os que lutaram para colocar eles no poder. Será que o crime organizado é mais claro em sua forma de agir do que nossas instituições, políticos e elites? Porque o crime assume que mata e rouba, mas muitas instituições públicas transformadas em feudos e casas grandes como polícia, governos, e outras roubam mentindo com seus discursos e hipocrisia, sendo pagos com dinheiro público e usando as instituições ditas públicas, atuando como capitães do mato em nossa sociedade. 



Vamos celebrar a estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja de assassinos
Covardes, estupradores e ladrões...

Nosso castelo de cartas marcadas
O trabalho escravo
Nosso pequeno universo
Toda hipocrisia e toda afetação
Todo roubo e toda a indiferença...

Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir
Não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar um coração
Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado de absurdos gloriosos
Tudo o que é gratuito e feio
Tudo que é normal
Vamos cantar juntos o Hino Nacional
A lágrima é verdadeira...

 

Vamos festejar a violência
E esquecer a nossa gente
Que trabalhou honestamente a vida inteira
E agora não tem mais direito a nada
Vamos celebrar a aberração
De toda a nossa falta de bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror
De tudo isso com festa, velório e caixão
Está tudo morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou esta canção.

Venha, meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão

Venha, o amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça
Venha, que o que vem é perfeição!


PRIMEIRO MANDAMENTO: Igualdade de oportunidades com liberdade de escolha.

SEGUNDO MANDAMENTO: Todos juntos atuando coletivamente nos territórios onde vivemos.

TERCEIRO MANDAMENTO: Economia circular, compartilhada e solidária com autonomia alimentar, hídrica, energética, terra e paz.

QUARTO MANDAMENTO: Casas com espaços comuns e conexões atenienses democráticas com a cidade.

QUINTO MANDAMENTO:  Saúde ecológica sagrada para os seres vivos e Gaia.

SEXTO MANDAMENTO: Aprender o valor da disciplina individual e coletiva pelo esporte.

SÉTIMO MANDAMENTO: A vida como obra de arte ética e estética.

OITAVO MANDAMENTO: Tecnologia para fins sociais e ambientais.

NONO MANDAMENTO: Educar, experimentar e realizar com autonomia, corporeidade, afetos e interação social todo potencial humano para o bem e o belo.

DÉCIMO MANDAMENTO: Todos os mandamentos de seu Deus e espiritualidade planetária da família humana.  

 

 

sábado, 25 de novembro de 2023

Gandhi e Churchill: A rivalidade épica que destruiu um império e forjou nossa era.



Nessa obra fascinante, finalista do Prêmio Pulitzer de Não Ficção, o historiador Arthur Herman constrói, com detalhes, uma biografia dupla de dois dos maiores líderes do século XX: Mahatma Gandhi e Winston Churchill. 

Gandhi e Churchill conta a história de duas importantes figuras políticas do século XX que até hoje impactam nossa era. Nascidos em mundos distintos ― o primeiro em um lar religioso no interior da Índia, o segundo em uma família aristocrática britânica ―, tiveram suas vidas e carreiras entrelaçadas ao protagonizar quarenta anos de rivalidade que selaram o destino da Índia e do Império Britânico.

Durante sua longa carreira, Winston Churchill fez o necessário para assegurar que a Índia permanecesse sob o domínio britânico. Chegou a redesenhar todo o mapa do Oriente Médio e até pôr em risco a aliança com os Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. Mahatma Gandhi, ao contrário, dedicou a vida à libertação de seu país, desafiou a morte e a prisão e criou um movimento político totalmente novo: satyagraha, ou desobediência civil. Suas campanhas por não violência ― em especial sua famosa Marcha do Sal ― seriam um ensaio e um exemplo não apenas para a independência da Índia, mas para os movimentos por direitos civis nos Estados Unidos e as lutas por liberdade ao redor do mundo.

A partir de uma meticulosa pesquisa, Arthur Herman traz uma narrativa histórica ampla e vigorosa sobre império e insurreição, guerra e intrigas políticas, e conta com um fascinante elenco de apoio, como o general Kitchener, Rabindranath Tagore, Franklin Roosevelt, lorde Mountbatten e Muhammad Ali Jinnah, o fundador do Paquistão.

Essa impressionante biografia desconstrói as lendas e os mitos criados sobre esses grandes personagens, expondo seus pontos fortes e suas fraquezas. Além disso, é uma brilhante parábola sobre dois homens poderosos e carismáticos que sempre foram assombrados pelo fracasso pessoal, e que, ao fim da vida, tiveram seus maiores triunfos ofuscados pela perda daquilo que mais estimavam.

Uma história da imaginação: Como e por que pensamos o que pensamos


Um livro fascinante sobre como a imaginação interage com a emoção, a percepção e a razão para formar a história da vida humana.

Atravessando diferentes campos, como ciência, política, antropologia, religião, cultura e filosofia, o renomado historiador Felipe Fernández-Armesto revela as emocionantes e perturbadoras histórias de nossos saltos imaginativos — dos primeiros Homo sapiens aos dias de hoje. Ele desafia as convenções que rondam o tema e nos conduz por séculos e continentes para tentar responder a como e por que surgiram ideias que marcaram e continuam a ditar os rumos da humanidade.
Com elegância e erudição ímpares, Fernández-Armesto inova ao propor uma história global das ideias, rastreando suas origens e conexões, e ligando a Europa a polos culturais milenares, como a China e o Oriente Médio. Assim, nos mostra que noções como a de um deus amoroso, ou a de que todos os homens são iguais, não nasceram exatamente onde imaginávamos.  
Nesta ode à alegria da imaginação, veremos que a mente — ou a aptidão para produzir ideias — é a principal causa de mudança, o lócus onde a diversidade humana começa. E que nossas ideias são a fonte de nossa mutável e volátil história como espécie.

Samsara - A Jornada da Alma


Agora que estou morto, o que irei fazer?’. A frase se encontra no Bardo Thödol, livro concebido para instruir indivíduos para a vida após a morte. Para onde ir? Que relação terei com o mundo de antes? Quais serão meus objetivos do lado de lá? De acordo com os preceitos religiosos de uma comunidade de monges no Laos, este guia não pode ser lido pela própria pessoa — é preciso que outros o leiam para você. O contato com a obra ocorre, portanto, quando se pressente a proximidade de um ente querido com a morte.

Assim como o cristianismo estabelece cuidados e rituais fúnebres (o velório, o enterro, etc.), esta comunidade inclui também as cerimônias pré-morte. Por isso, Mon, ciente de sua passagem iminente, despede-se da casa, dos objetos ao redor. “Mesa querida, vou sentir muita falta de você”. Já Amid (Amid Keomany), adolescente encarregado da leitura, se preocupa com o ritmo da leitura, pois precisa terminar centenas de páginas, e teme não cumprir a tarefa antes do falecimento da senhora. Há obrigações e responsabilidades muito precisas na hora de partir.

Samsara — A Jornada da Alma aborda percepções diferentes da natureza humana e animal, através de dois espelhos geográficos. A primeira metade se situa no Laos, entre os monges em formação. Já a segunda se desenvolve no Zanzibar, onde uma garotinha no Ensino Fundamental descobre o funcionamento da vida (ela passa a cuidar de uma cabrita recém-nascida) e de morte (quando perde o animal, por descuido). Trata-se de personagens diferentes, com línguas, culturas e religiões diferentes.

Patiño se converte na figura do diretor provocador, o enfant terrible que gosta de jogar luz à própria engenhosidade.

O elemento permitindo unir ambos os lados da moeda consiste na morte de Mon. Falecida, a mulher que sempre sonhou em reencarnar num animal se vê convertida na figura da pequena cabra que faz companhia à estudante. A morte se torna sinônimo de renovação da vida; a partida implica num renascimento, e o fim da existência se converte no prolongamento da alma. A montagem insiste em posicionar a morte no meio da trama, literalmente, ao invés do final (como seria o costume na interpretação do término enquanto destino humano). Logo, a finitude representa uma possibilidade de prosseguimento, ao invés de interrupção.

Esteticamente, as partes se costuram por procedimentos estéticos análogos. A obra é marcada pelo uso da película granulada, com cores fortíssimas, saturadas, que transbordam os limites de cada objeto para iluminar a região ao redor. Isso significa que o azul do céu e dos rios ultrapassa o limite das águas até tingir as florestas, que se tornam azuladas. As algas multicoloridas, a cor laranja dos trajes religiosos iluminam a tela. Devido ao curioso procedimento escolhido, as luzes se convertem em borrões: árvores, rios e céus transformam-se em refletores naturais.

A fotografia de Mauro Herce e Jessica Sarah Rinland oferece texturas, tons e contornos muito diferentes daqueles encontrados na média das produções “para festival”. Nota-se a busca por uma qualidade onírica, próxima do realismo fantástico. O diretor Lois Patiño sempre foi comparado a Apichatpong Weerasethakul, no entanto, suas escolhas estéticas são muito mais apoiadas, ao limite do kitsch e histriônico. Aqui, as imagens admitem a busca de atenção a si próprias. A estética constitui uma finalidade autônoma, para além do meioutilizado para contar uma história.

Nada poderia ser mais chamativo do que a passagem intermediária, correspondente à morte de Mon. Letreiros surgem na tela para avisar o espectador de que iremos acompanhá-la rumo ao outro lado. “A experiência será longa”, somos avisados. Então, a pedido do filme, fechamos os olhos e embarcamos numa sequência multicolorida de flashes velozes, de intensidades distintas, perceptíveis mesmo com os olhos fechados. Os sons nos sugerem a travessia na natureza, o contato com outros humanos, a presença de animais neste espaço de transição.

O segmento dura quinze minutos, talvez um pouco mais. É tentador abrir os olhos, encarar a tela, descobrir quais estímulos se agitam à nossa frente. A comunicação direta com o espectador transforma por completo a experiência, em vários sentidos. Primeiro, rompe com a imersão naturalista: o filme se assume enquanto construção totalmente artificial. Este não é o mundo, mas uma representação do mundo, e a imagem não passa de um estímulo aos sentidos.

terça-feira, 21 de novembro de 2023

AS DESIGUALDADES NA ESCOLA, UNIVERSIDADE, ECONOMIA E NA VIDA.




“Quando um indivíduo protesta contra a recusa da sociedade em reconhecer a sua dignidade como ser humano, o seu próprio ato de protesto confere dignidade a ele.” — Bayard Rustin.


Boas metáforas para educação. O Corpo pode realizar mais de mil movimentos diferentes e quantos desses você aprende na escola? O seu corpo é analfabeto? Quais os benefícios da dança para vida, saúde, aprendizagem pela corporeidade e outros.  Muitas vezes o corpo é uma armadura que foi condicionada pelas violências, timidez, religião e por traumas e dores. Libertar o corpo por um gesto pode libertar a mente, a imaginação, a vida. Mas na escola podemos negar o corpo e iniciar a dança da vida pelas desigualdades, pela redução do repertório do corpo a poucos movimentos autorizados pelo regime escolar que muitas vezes não dispõe de espaços para brincar, dançar, se movimentar em sala de aula. A disciplina escolar imposta ao corpo nega o currículo e os movimentos que a própria vida nos deu desde que experimentado, exercitado, testado, vivido. 



Essa mesma metáfora para educação pode ser usada para outras áreas como o paladar. Na creche do MIT as crianças recebem pequenos pedacinhos de diversas comidas para conhecer os sabores e pesquisar o paladar. Afinal o paladar é uma tabula rasa ou a cultura nos condiciona a determinados alimentos? ou a desigualdade impera pelos tipos de alimentos que temos à disposição, pelo tipo de escola onde estudo, se tenho acesso a dança entre outros. Nas nossas origens pela pobreza e educação são impostas milhares de desigualdades que negam a existência e a vida. Quantos cheiros a natureza pode nos ensinar com suas plantas, frutos, flores, animais, ou pelas montanhas, florestas, águas e pedras? Bilhões podemos ser Bilionários e enriquecer nosso olfato com bilhões de cheiros, perfumes e olfatos. Se somar essa riqueza com milhares de sabores e movimentos do corpo que podemos apreender durante a Escola, Universidade e a Vida qual a consequência de tudo isso em nossa existência e em uma economia circular, solidária e viva. E se conseguirmos expressar tudo que pensamos, sentimos, fazemos, sonharmos através de milhões de palavras nos letrando pela vida, tendo o mundo como um sala de aula e milhares de livros, filmes, danças, músicas, natureza, trabalhos diversos que podemos realizar durante toda vida, pessoas que podemos interagir e culturas diferentes, esportes, tecnologias, diferentes tipos de comunidades onde podemos viver, espiritualidades, amores... Sim, assim teremos menos desigualdades, seremos mais humanos com todos, mas precisamos de Escolas, Universidade e Economia para organizar tudo isso na era da tecnologia digital ?



Todos nós somos ao mesmo tempo professores e pesquisadores. A vida é uma eterna pesquisa e aprendizagem desde que sejamos desde criança fortalecida nossa autonomia, aprendizagem pela corporeidade, interações sociais, por múltiplos caminhos incluindo espaços educacionais não escolares, gerando a nossa individualização com nossas palavras, gestos, movimentos, saberes, sabores, odores, sons. Auto poesia que gera mutações e responde aos desafios cada vez maiores das mudanças climáticas, inovações tecnológicas, aumento da pobreza e violências gerada por brutais desigualdades semeadas todos os dias nas Escolas, Universidades, Economia e a vida. Nos desafiamos a inovar a tecnologia, ir a Marte, mas não podemos inovar a sociedade, educação e a vida que vivemos? Nos acostumamos a servir as elites entregando nas Escolas e Universidade milhões de vidas para o açougue do Sistema. 



Enquanto isso, as Escolas e Universidades se transformaram em negócios de enriquecimento ilícito de alguns que usam as instituições em projetos corruptos e de poder. Onde o saber é negado todos os dias por tecnocratas
que usam processos para seus privilégios pagos com dinheiro público. Eles são Educadores ou Deuses sem lei que querem que aplaudamos suas ignorâncias e violências massacrando pessoas que buscam o saber, negando suas existências e dias melhores para todos. 
Muitos conhecimentos e estruturas públicas são usados para violências por autoridades que chegam ao poder para manter esses crimes e proteger criminosos em nome da educação?  Assim como políticos fazem no Estado, juízes na Justiça, policiais na polícia, e educadores serpentes na educação que rouba, mata e destrói existências para manter seus privilégios, poderes e delírios.  Eles também são responsáveis por brutais desigualdades, assim como políticos, mercado financeiro, senhores da guerra porque atuam como capitães do mato para manter a escravidão da maioria começando a escravizá-lo e educando para negar suas existências e vidas desde crianças nas escolas e jovens nas Universidade. Negando seus corpos, movimentos, gestos, sabores, cheiros, sons, palavras, e suas capacidades de aprender, pesquisar, sonhar, viver. 


 

O despertar do conhecimento nos torna humanos em busca da sabedoria muitas vezes lugares sem Escolas e Universidades, encontramos nas comunidades e na pobreza o conhecimento pela vida que gerou muitos dos conteúdos, que hoje foram encaixotados em disciplinas nos currículos escolares e acadêmicos. Leva tempo para cair a quarta parede em Brecht, para que Sócrates depois de tanto diálogo resolva beber a cicuta, e que Rosseau andando pela floresta descubra as origens da desigualdade hoje transformada em capital, o conhecimento não para de pulsar com a vida. Benjamim nos educa para transformar o agora como anjos da história, as ruínas do passado em presentes e futuros, somando outras experiências que nos humaniza e destrua os nazismos e fascismos. Esse texto é apenas mais uma pedra nos empresários, políticos e educadores que usam a Educação para destruir vidas com suas cantigas de serpentes. Mas como pássaros livres vamos sobreviver os jogos vorazes da educação enfrentado os dragões das mudanças climáticas. É preciso lidar com o peso do não dito e do indizível, do perdido e do deixado de lado. Do silêncio de crianças, jovens e professores sobre o que sofrem na escola, universidades e brutais desigualdades em sus vidas.