Ambos jovens mortos na Guerra da Ucrânia e no Brasil. O que leva um cidadão comum a lutar contra a Rússia? É a dor de ver suas vidas e terras destruídas, a revolta contra as violências praticadas contra inocentes, o amor a sua família e o dever de lutar por ela e protegê-las? Qual o tamanho da loucura e insanidade de quem ataca pessoas inocentes e destroem um país em nome do seu poder? A inviabilização da Democracia no Ceará pela Oligarquia Ferreira Gomes para manter o projeto de poder do Coronel Ciro Gomes há décadas, o silêncio sobre a corrupção de Lula, a insensibilidade de Bolsonaro diante de milhares de mortes na Pandemia são exemplos de atos de guerra que geram brasileiros revoltados de todos os lados em guerra com muito mais mortes que atual guerra na Ucrânia. Enquanto crianças e jovens comemoram seus aniversários sendo mortos com seus pais no Brasil e na Ucrânia.
"O mais trágico dos assassinatos é o assassinato histórico, aquele que se pratica como um suposto meio para restabelecer a justiça ou lutar por um mundo mais igualitário. Valho-me das ideias do escritor e filósofo Albert Camus para dizer que este tipo de assassinato é aquele que se supõe necessário à história e ele é trágico, pois considera-se legitimado e admite a matança dos homens. Legitimado pela história ou por um suposto desejo de justiça, o ditador que busca o poder, o revolucionário que busca a justiça social ou o império que busca o domínio se dão um mesmo direito: o direito de matar."
Albert Camus autor do livro "O homem revoltado" escreve “quando a revolução, em nome do poder e da história, torna-se esta mecânica assassina e desmedida, uma nova revolta é consagrada, em nome da moderação e da vida” e "sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais perfeita que seja, não passa de uma selva. É por isso que toda a criação autêntica é um dom para o futuro.”
As primeiras vítimas das guerras antes de tudo são a democracia, a política, a cultura, os jovens, os adultos e os idosos. É nossa memória e as capacidades de reconstruir uma nação que são dilaceradas. No lugar delas impera as guerras de informações que tentam justificar a guerra e os projetos de poderes. Coronel Ciro Gomes vende a prosperidade e a riqueza do Ceará, escondendo a miséria de 70 % do povo cearense, o Estado que mais mata pessoas e que exclui 60 % da população da educação. Um Estado que vive de "cases" para minorias como uma empresa, enrica os amigos do poder com incentivos fiscais e as famílias políticas, ao custo da exclusão da maioria da população de políticas públicas. Um ato de guerra contra o povo negado por um marketing bilionário a nível estadual e nacional para manter o projeto do Putin e Oligarca brasileiro. Da mesma forma que Lula lembra que morreu mais de 670 mil na Covid mas nos Governos do PT morreu mais de um milhão de jovens sem pandemia, enquanto os privilégios da corrupção e de quem tinha a carteira do partido são usados contra o próprio povo. Lula adota as práticas de Putin como algo normal. Bolsonaro libera a corrupção, se alinha com o centrão, e mata milhares na pandemia da doença, desemprego, falta de educação, saúde e fome. Dados estatísticos sobre isso? Bolsonaro inviabilizou o Censo. O nome disso é Guerra contra o povo. Já escreveu Clausewitz que a política é a continuação da guerra por outros meios.
Milhões de crianças, jovens, adultos e idosos vivem no Brasil em cenários de guerra em suas comunidades cercadas pelo tráfico e uma polícia que mata mais do que outra no mundo, sem lei, nem justiça, nem acesso às políticas públicas e sem comida. O que nos faz lutar e atravessar os maus tempos é a revolta e a crítica expressas pela cultura, política, educação e nossas capacidades de imaginar e construir dias melhores.
"Pai, em suas mãos
Eu entrego meu espírito
Pai, em suas mãos
Por que você me abandonou?
Em seus olhos, me abandonou
Em seus pensamentos, me abandonou
Em seu coração, me abandonou
Acredite em meu suicídio egoísta
Eu choro quando anjos merecem morrer
Em meu suicídio egoísta
Eu choro quando anjos merecem morrer"
Doquinha quantos coxinhas
Que servem carniça e oligarquias
Manda o caminhão de madeira maciça
Para as autarquias e as monarquias
Rap no mic, põe as mãos pro ar
(O meu Ceará)
O verso livre como o Carcará
(O meu Ceará)
O Nordeste rima sem o seu alvará
(O meu Ceará)
O Agreste livre ninguém vai parar
(O meu Ceará)
Muitos expressam sua revolta cantando hip-hop como o rapper cearense rapadura, outros dançando System of a Down, milhões no show de rock te desejam Feliz Aniversário. Não é a pedagogia da miséria, o conformismo, nem a internacionalização da pobreza como se fosse a cultura das periferias, são questões políticas que devem ser tratadas e cantadas por essas gerações como hinos de guerras contra seus inimigos corruptos, oligarcas e gangues partidárias sem Democracia. Essas pedagogias das lutas e das mudanças emergem na cultura, iluminam, ajudam a pensar, esclarecem, uma teoria política, crítica, social e talvez pós humana. Outros aniversários, outras guerras, outros sonhos a comemorar! Feliz aniversário juventude ucraniana e brasileira envelhecemos nas cidades em guerra!
Juventude se abraça
Se une pra esquecer
Um feliz aniversário
Para mim ou pra você!
Nenhum comentário:
Postar um comentário