A vida e a sociedade são feitas de narrativas escolhemos algumas delas para construirmos uma imagem de quem somos. Alguns escolhem seus Dons e Brunos para narrar e viver suas vidas de verdade. A grande maioria nem escolhe a narrativa nem a vida, mas é excluída dela e anda quase sempre em piloto automático reproduzindo ideias, comportamentos e até violências sem consciência crítica nem criativa do que pode ser liberdade, amor e paz. Graças a Foucault e Deleuze podemos pesquisar como essas podres verdades, saberes e poderes são produzidas por práticas e se tornam grades e armas nas vidas das pessoas que ao invés de pensar a si mesmos, suas circunstâncias e contextos falam mais do mesmo sem produzir diferenças em suas vidas, sociedades, economias e modos de ser, pensar e viver.
As narrativas podem se tornar mais complexas quando experimento mundos diferentes do meu, Amazônia, misturando saberes, dialogando com quem pensa e é diferente podemos juntos encontrar conexões e pontes para reconstruir o tecido social principalmente comunitário e ambiental que o neoliberalismo e ditadores como Bolsonaro destrói. Já na economia infelizmente muitas startups e mentes milionárias tentam tornar todo ato de compartilhar e comunicar em lucro individual visando favorecer alguns que se acham gênios pelos absurdos que cometem como por exemplo vomitar uísque em lugares que pessoas dormem por falta de lares. Absurdos como destruir a humanidade e a Terra para vomitar lucros a custas de bilhões de vidas diante de bilhões de estrelas acham que seus egos e vaidades são mais importantes ?
As narrativas dependem também de nossas habilidades para enfrentar os desafios da vida inclusive criminosos e ditadores para comunicar aos outros nossas esperanças, utopias mas também narrativas em entrevistas de emprego, conversas de bares e pelas redes sociais que falem também de nossas causas, dores, amores, lutas... Mas, infelizmente uma onda atrás da outra onda busca destruir valores e coisas duradouras que levaram décadas para serem construídas como uma educação ética e estética. Já outras levam séculos ou milênios como a natureza para que mais um vez poucos possam vomitar no único planeta que temos em nome de seus egos e vaidades.
Vejo e escuto muitas narrativas reféns de omissões, medos e dores que tornam a insensibilidade e falta de ética viverem em um mundo cada vez mais injusto, desigual, violento, economicamente e ambientalmente insustentável. Essa narrativas levam milhões de pessoas a viver reféns de seu quadrado incluindo incompreensões de direita e esquerda que atacam a todos que julgam do lado errado mas esquecem de suas ignorâncias. Falsos rebeldes e falsos profetas sem causas apelam para o espetáculo do poder como meio de sobreviver no circo de tragédias e brutalidades onde a vida, o outro e o amor pouco importa diante do império do dinheiro sem justiça nem Democracia à qualquer preço.
A narrativa individual busca destruir narrativas coletivas e negar a expressão de quem pensa diferente ou negar a Amazônia viver. As narrativas se tornam meros produtos a serem vendidos para enganar pessoas e criar mundos paralelos diante da realidade de bilhões de pessoas ou da natureza mesmo transformadas em metaversos, bitcoins, garimpeiros, startups, seja milionário, uma onda atrás da outra para que não gastemos nosso tempo e educação em criar, produzir e imaginar narrativas melhores de quem somos e de outros mundos possíveis.
Mais importante que ficar rico ou deixar um legado é viver uma existência boa, bela e justa com quem compartilhamos a vida e os lugares por onde passamos. Essa narrativa começa com o despertar de que cada pessoa é importante e rara nesse mundo que pode transformar sua vida e de várias pessoas fazendo coisas boas para todos. Essa é a atitude mais importante que se pode tomar na vida é construir sua narrativa de vida de forma consciente, crítica e criativa compartilhando com as vidas que cruzam nossa jornada incluindo comunidades indígenas, periferias, e refugiados na construção de outros destinos como Dom e Bruno plantaram com suas vidas outras colheitas.
O silêncio que guarda em teu coração ganha vida em verbos e se multiplica ao teu redor em sementes que iluminam caminhos dos que buscam também expressar seu ser e gritar sua revolta. A humanidade e o planeta tem sido massacrado de forma brutal por poucos que se consideram Deuses mas suas narrativas são pobres, violentas e tristes e a cada dia perdem adeptos que sacrificam suas vidas pelos egos de alguns. Outros saberes, práticas e subjetividades constroem e realizam outras narrativas, mas é preciso imaginar outros mundos, sociedades e vidas possíveis que não cabem mais nem no capitalismo ou no socialismo.
A ideia de poder sem propósito não produz heróis mais vilões sem vergonha de sua feiura e ignorância como Bolsonaro. Enquanto isso outros Brunos e Dons nascem da terra como os índios, quilombolas, Kibutz, e cooperativas. Se o mundo ainda não acabou pelo delírios de Hitlers e neo liberais é porque as narrativas continuam a emergir da Terra e de outros Universos através da espiritualidade que desde a eternidade gera a vida, destrói Dinossauros e Deuses auto proclamados, assim esquecemos a origem divina da vida e da Terra de um pequeno grão de terra a Terra da Sabedoria.
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