SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

sábado, 14 de setembro de 2019

Sobre análises econômicas dos Empresários feudais campeões da corrupção, falta de inovação, e improdutividade.



Nunca é demais lembrar e atualizar as leis que regem a Economia. Economia é Inovação seguindo Schumpeter portanto o talento é essencial e segundo produtividade não significa os menores salários como pratica o Brasil em especial o Nordeste.

A Economia sempre dialogou com outras ciências portando além dos princípios e leis econômicas temos também que lembrar que cultura e história de outro país não se importa, não se trata de mercadoria, portanto é engraçado se comparar o Brasil de hoje com Japão, Coréia, China e outros países e estratégias econômicas em momentos históricos distintos.  Inclusive o mundo já combinou vai ficar parado com juros negativos para ver se o Brasil anda ? mesmo perdendo para países da America Latina e Africa ?



Da mesma forma é essencial dialogarmos em nossas análises as inovações tecnológicas que estão redefinindo paradigmas econômicos como Big Data, Inteligência artificial, internet das coisas e outras impactando a economia global como um todo. Outros temas como renda mínima, mudanças climáticas, economia integrada, complexidade dinâmica, seres humanos adaptáveis ao invés dos homens econômicos racionais são essenciais para qualquer debate de estratégia econômica.

Portanto o raciocínio simplista dito econômico por motivações políticas e interesses de grupos que se acostumaram a virar empresários com financiamento público é no mínimo ridículo. A questão hoje não se reduz a escolha de campeões nacionais como o fez o BNDES ou como faz o BNB que financia com FNE alguns escolhidos com dinheiro público e os Estados lhes ofertam benefícios e privilégios fiscais. Na verdade como bem lembra Michael Porter talento e experiência não se compra e pior não se rouba ou herda ou seja um dos motivos da improdutividade, baixa inovação da economia brasileira e desigualdades é exatamente por termos empresários que vivem do Estado por suas ligações com a política diretamente ou indiretamente. Pior quando essas empresas são frutos de contratos roubados com dinheiro publico se já é ruim para economia o que os pais fizeram, imagina os filhos e os netos que vivem no fantástico mundo de Bob.


O que existe no Brasil não é nem liberalismo ou socialismo é anterior a isso se chama feudalismo e nobreza. Se parar para pensar um pouco a questão é mais simples : Uma das mais altas taxas de juros do mundo é paga com quase a metade da receita do Governo Federal que deveria ser gasta em educação, saúde, ciência, tecnologia e outros buscando reduzir as brutais desigualdades, injustiças sociais e a falta de igualdade de oportunidades para maioria do povo brasileiro. Esquecemos talvez de propósito que Japão, Coréia, China, Dinamarca, Canadá, Finlândia e outros não trataram separado a estratégia econômica de melhorias permanentes em educação, saúde e outras. 

Essa esquizofrenia é um problema político tipicamente da cultura e história brasileira, não se trata apenas um problema econômico e sim patológico de delírios de análises que ocupam espaço na politica, economia e até na academia pelos caminhos dos privilégios fortalecendo o poder dos feudos e do dinheiro. 


Se analisarmos os últimos Prêmios Nobel de Economia, análises do Banco Mundial e do PNUD veremos temas como mecanismos psicológicos e sociais nas decisões dos consumidores e dos investidores, consumo e pobreza, a criação de mercados, contratos, teoria dos jogos,  fortalecimento das instituições e das mesmas regras do jogo econômico para todos,  mudança climática e inovação tecnológica, além de pesquisas como empresas e as associações de usuários são às vezes mais eficazes que o mercado.... 

Estes talvez sejam bons caminhos para dialogarmos sobre estratégias econômicas hoje, mas antes disso melhor é fazer o básico principalmente não confundir politicagem de privilégios com economia ou pior feudalismo com liberalismo. Aguardamos ainda que as cabeças dos reis sejam presos de preferência operadores da corrupção que com dinheiro roubado fazem negócios.  

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