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segunda-feira, 3 de novembro de 2025

II Feira de BioInovação Territórios do Brasil, que será realizada em novembro, na Bahia.


Um projeto desenvolvido no Centro de Ensino em Período Integral Osvaldo da Costa Meireles, em Luziânia–GO, mostra como ciência e sustentabilidade podem nascer dentro da sala de aula. Sob orientação da professora de Biologia Gabrielle Rosa, o estudante Thiago Alves dos Santos criou um tecido feito a partir do bagaço da cana-de-açúcar, material que normalmente seria descartado. A iniciativa foi selecionada para representar Goiás na II Feira de BioInovação Territórios do Brasil, que será realizada em novembro, na Bahia.

O processo começa com a coleta do bagaço de cana, seguido de higienização, secagem e trituração. A partir daí, a dupla realiza a extração da celulose, etapa que dura cerca de três horas e utiliza água e soda cáustica sob temperatura constante de 80 °C. Depois, o líquido obtido passa por neutralização com vinagre até atingir pH neutro. A celulose é então clarificada com água oxigenada e submetida a uma mistura com ureia, resfriada a -10 °C para formar uma solução viscosa, transformando o resíduo em um novo tipo de fibra.

O resultado surpreendeu. O tecido desenvolvido apresentou maciez semelhante à seda, aparência próxima ao algodão, boa absorção, resistência e compatibilidade com tingimentos naturais. Mais do que uma descoberta científica, o projeto é um exemplo de como a curiosidade e o compromisso ambiental podem gerar soluções inovadoras mesmo em contextos com poucos recursos.

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