SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O Direito a Arte, a origem dos discursos dos críticos!


Enquanto na Universidade o debate continua.....

Eles se perguntam sobre Van Gogh ? Mas afinal porque ele pintou isto ? ou melhor como ? ou aonde ?  quando ? o que ele mesmo pintou ?

Um critico americano afirmou que ele era louco , outro holandês que não!
Porem algum deles viveu com ele ou podem afirmar o que é loucura ? mas nenhum deles tinham duvidas em afirmar em seus  artigos que era louco ou não.

Sera que eles conseguem afirmar a origem de seus discursos antes de falar da origem da arte ?

Sera que o processo de pintar um quadro poder se descrito pelo método cientifico ?

Sera que cantar pode ser descrito por um robô que foi produzido de outra forma ?

Mesmo que tenha  todos os artigos escritos em sua memoria, a síntese sempre sera uma escolha ; distante das escolhas do artista!  Menos do que uma homenagem a razão é uma redução da  arte.
Esta razão parece mais um Deus querendo dar conta também do sentimento do artista que não é qualificável em palavras nem quantificável em números. Porem eles continuam escrevendo em palavras e números  

É mais fácil uma musica se misturar com outra musica, ou com uma imagem, ou com uma dança , mas em palavras é apenas mais uma promessa do paraíso. Fala-las não é vive-las , se pelo menos imaginassem ?  
Assim como para igreja Deus explicava tudo , inclusive a fé,  também querem carregar a arte de dogmas vendidos como  razão.

O que sinto de forma irônica com  minha razão , é que ela não tem como ressuscitar Van Gogh!
Muito menos um Van Gogh que é construído por discursos , baseados em outros discursos, de outros ou mais dos mesmos sonhos racionais. Isto é uma poesia.  

Qual o significado ou sentido da palavra loucura em seu universo ? Isto tudo para falar de apenas uma palavra. Quando elas se misturam para justificar ou julgar uma a outra , quem é o juiz para separar o joio do trigo ? Estas palavras assim como estas, apenas calam o silêncio da necessidade de crermos em algo. 
Outras alquimias, outras religiões, estruturas e jogos de poder, uns iludem com o corpo, com bebidas, uns com mercadorias, outros com palavras transformadas em mercadorias. Outra poesia!

O que quero dizer é que a singularidade das obras de arte tão celebradas hoje , depois das falhas de diversos caminhos, voltam como sempre a origem, o eterno retorno. É preciso enxergar a arte e o artista antes de milhares de coisas. Porem mesmo assim, se volta para o mesmo lugar , para falar da arte e de sua singularidade , tem que falar de milhares de coisas, inibindo a singularidade do pensar, do ousar, do sonhar..Acabou a poesia, mas lá vem ele...

Penso que no ato de pintar, escrever um poema, produzir um vídeo realizado por pessoas simples, longe dos pensadores, das mídias, dos canais de comercialização. Poderemos apreender muito mais sobre arte e suas origens do que no debate sobre uma obra de arte. Porque arte é a própria arte, independente do pensar sobre ela, de vende-la, de divulga-la,para alem das milhares de sensações ou pensamentos diferentes que ela pode provocar. Talvez  isto é o mais importante! Talvez a primeira pintura de Picasso, não revelasse o Picasso que conhecemos , mas ela nunca deixara de ser Picasso. Talvez o primeiro filme de Godard seja influenciado por um desenho animado que ele viu , o segundo por uma namorada ate ele ser chamado de Godard. O infinito das palavras tem a propriedade de criar mundos mas ao liga-las chama-las de verdade é um pouco demais ! A poesia sobrevive.

O Direito a arte de cada um transcende o que as palavras nos ofertam como destino da Biblioteca de Borges. O Direito a arte é o caminho que o mundo e a vida nos coloca para encontrar caminhos que as palavras expressam de forma muito reduzida.O Direito a arte no ato mais simples é mágico para a alma que se liberta de palavras e encontra milagres em forma de arte, sem precisar reduzi-la a dogmas e seus divinos Deuses ou candidatos a poetas. 

A sede de ser humano e o Direito de viver a humanidade em sentidos amplos, para alem dos conceitos, nos desafia a encontrar outras formar de pensar o mundo, para alem das ciências, e independentes do que as Ciências , a Politica ou o mercado queiram fazer delas.

O Direito a arte, o direito de imaginar o real ou o direito do real imaginar , não se explica por conceitos o que não cabe em palavras nem em poesias.

O que revindico é o direito à arte de cada um, inclusive o direito de escrever sobre arte, ou de ser poetas,  mesmo que para alguns prefiram chamar seu texto de forma poética de ciência , enquanto as ciências se tornam poéticas em suas origens. As origens das criticas nascem com os julgamentos, mas isto é outra história ou mais um capitulo ou estrofe das mesmas histórias sem poesia.

"E o infinito abria várias portas e com elas um convite ao leitor para desvendar os segredos do texto, os pensamentos do autor ou dialogar com sua vida durante a jornada do livro. Sandra, mestre em literatura e português, nascida num caldeirão cultural de gente independente, valente, que nunca teve medo de transformar suas lutas e sofrimentos em cordel. Era convidada a ser a guia do encontro entre o regional o universal , entre mundos que se misturavam , onde cada um canta sua tribo mais se globaliza ao mesmo tempo. Ela começou a ler o livro para edita-lo e revisa-lo só que teve um pequeno problema assim como Alice no país das maravilhas ia ter que decifrar este novo mundo à Terra da Sabedoria para guiar outros leitores por esta jornada." Outro caminho para além da critica.

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