Um brilho no escuro. Um sonho no caos. No meio da falência do sistema e de seus podres personagens vazios em seus sentidos e trajetórias. Uma bailarina dança, canta, pinta e imagina com sua arte e tecnologia vários futuros personalizados. Uma fada num mundo sem encantamento, sem fantasia, aonde tudo foi reduzido a consumo, prazeres imediatos, mediados pelo ego que se perdeu numa floresta de medos e incêndios virtuais.
Aonde esta a bussula que aponta algum caminho, alguma nova experiência, que me permita trocar de corpo e de vida, uma realidade virtual, que permita ser o que nunca fui , e sentir o sabor e a beleza de outros futuros que a educação há tempos deixou de construir ?
No silêncio sem rumo , caminhamos e antecipamos destinos que se impõe pela força, pela tragédia, ilusão e performances. Um pouco mais de malicia senhor Diabo ? porque há tempos tomaram seu lugar com a fantasia do consumo, educação e diversão.
Olhe no meu rosto e não finja que esta feliz, alegre, vejo que o sobra de ti são egos e ilusões, enquanto o circo pega fogo e buscamos encontrar alguma luz no escuro e no caos. Um brilho da consciência digital busca dar ordem ao caos, parindo futuros personalizados de ciborgues que pensam pelos circuitos da inteligência artificial armazenados em Big datas ; através de "nanorobots"criam realidades expandidas virtuais. Um mundo todo para chamar de seu mas que conteúdo vai preencher ? que historias vai contar ? além dos produtos de decoração e consumo supérfluos.
Por onde voa o pássaro sozinho ? E a salvação para o céu ? onde fica ? se criamos paraísos artificiais. Não existe salvação, aonde não existe justiça, verdade, amor, aonde não há liberdade, nem sonhos, aonde o que é coletivo, um projeto
de humanidade, é decidido pela malícia e ego controlado pelo Diabo de alguns.
Seus medos, ódios, e fugas que antes dominavam a floresta estão dominando o planeta. Nós continuamos a falar de viajar por vários Universos sem viajar por nossas almas. Sem se perder e se achar, convictos de várias certezas que fingimos e nos iludimos ao ponto de fabricarmos histórias, noticias, de algo que não existe mais. Nem perto nem longe de nosso coração e alma encantamos Narcisios. Desabrigados de lar, cultura, espiritualidades, artes, causas, saberes que podem construir futuros com a pele de novas experiências, existências ampliadas e alargadas pela memória da Historia e do planeta que não cabe em Big Datas nem inteligência artificial, que não responde pelo nome de tecnologia apenas de humanidade.
A imaginação da bailarina célula entre repouso e movimento se conectou, integrou e expandiu pelo Universo dando origem a vida, ao ser humano, as cidades, as ciências e artes, e a tecnologia. Ela realizou futuros ampliando seus horizontes com cada vez mais razão, sentimentos e imaginação nos tornamos cada vez mais complexos e sistêmicos.
Agora temos o poder de realizar futuros personalizados ampliando nossa subjetividade, consciência, vivências e existências, integrando nossas linguagens e valores , gerando novas formas de ser , viver e governar. Ao unir o humano com a tecnologia o maior desafio que temos é projetar e realizar futuros que nos torne mais presentes aos desafios da humanidade, de nosso planeta e ampliar a nossa capacidade de amar, de preencher o nosso ser para qual a tecnologia é meio e não fim em si mesma.
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