SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

HORA DE MUDAR O SISTEMA QUE AVALIA AS ESCOLAS E A EDUCAÇÃO NO CEARÁ E NO BRASIL.

 


Lanço aqui um desafio para mudar o sistema que avalia as escolas e a educação no Brasil. O IDH - Índice de Desenvolvimento Humano incorpora três variáveis: Educação, Saúde e Renda. Por que nossa avaliação das escolas foca apenas em duas disciplinas como Português e Matemática? Porque cada Estado faz o seu? Deveria ser uma auditoria externa sem vínculos com a Secretária de Educação. Isso aumenta a independência e a credibilidade. 



Além das notas devemos avaliar as condições de pobreza de alunos e famílias que dificultam sua aprendizagem visando integrar políticas públicas como sociais, saúde, e trabalho para os pais. Devemos avaliar as condições físicas e materiais pedagógicos da Escola que facilitam a docência e as didáticas. E incluir avaliações sobre as condições de trabalho do professor, incluindo sua saúde. Não podemos premiar apenas as melhores, mas todas, incluindo as piores que conseguem avançar nesses itens. E gerar um plano por escola em cada uma dessas áreas, dividindo as responsabilidades incluindo a família, comunidade, governos, universidades, enfim a Sociedade com missões e metas educadoras. 



O Brasil adora esconder sua realidade, as desigualdades, violências e privilégios. Enquanto gerações pagam com a vida a educação da mentira e da morte, esses são os nossos dados oficiais, sobre os resultados sociais e econômicos da Educação. Por exemplo, no Ceará, durante décadas, apenas mudar as notas de uma minoria, não mudou a pobreza, exclusão e violência contra crianças, jovens, mulheres e suas famílias.  Enquanto a maioria da população do Ceará, 60 % é excluída do acesso à educação, sem concluir o ensino médio ou analfabeto.  



O PISA é um sistema de avaliação internacional que compara países, por isso duas disciplinas são avaliadas. Os melhores sistemas educacionais uniram políticas educacionais com sociais, além de outros fatores como formação de professores, condições das escolas, menor nível de pobreza e violências, entre outros. A quem interessa dizer quem tem as melhores escolas apenas avaliando duas disciplinas e negando todos os outros fatores? A quem interessa excluir o debate sobre a violência e pobreza extrema que o Ceará não consegue mudar a quase quatro décadas mesmo que o nome da política se chama” Educação de qualidade para todos” que sempre excluiu a maioria do povo cearense?  A que marketing, negócios e interesses de fundações e políticos serve esse modelo que é contrário a uma educação pública de qualidade capaz de transformar vidas? Como um modelo que escraviza professores e alunos podem ser debatido publicamente e não usar a escola como ditadura de capitães do mato que usam dinheiro público sem participação efetiva da sociedade e sem debater pensamentos contrários aos seus como deve ser numa Democracia capaz de formar cidadãos críticos e criativos.        











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