SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

sábado, 28 de maio de 2011

VOLTAR AMAR A SOCIEDADE POR AMOR A UMA PESSOA

VOLTAR AMAR A SOCIEDADE POR AMOR A UMA PESSOA-

por Egidio Guerra

Depois de tanto sofrimento quando se julgou abandonada por todos , e que ela tentara salvar-se sozinha.

Há uma diferença enorme entre o que somos e o que a sociedade nos transforma e cada vez mais a sociedade nos transforma em milhares de coisas que não somos. O amor que tenho por ela é o mesmo ódio que sinto pelos monstros desta sociedade. Quantas crianças inocentes e felizes em busca de carinho e proteção são ofertadas como oferenda a rituais de destruição da alma, do ser, da vida , aonde lhes é arrancado pela força a capacidade de amar , de sonhar, de dizer eu te amo. Drogras, Consumo, Corrupção, Perversões sexuais, Violência, palco de ilusões, espetáculos, vazios que são canceres e transformam pessoas em sujeitos irreconhecíveis diante do espelho.

Eu não vou falar em psicologia, religião, remédios, e outros como antidoto para “resolver”estes problemas. Eles também fazem parte deste mercado e querem ser a receita e rei do nosso destino como as coisas que eles prometem destruir. Eu vou falar de amor, do sagrado, de fé, de liberdade, de coisas que não custam nada e estão dentro de cada ser para além desta sociedade. Eu vou falar de desigualdades brutais, o mal produzido por mal governo. Eu vou falar sobre vaidades que deslumbram os monstros desta sociedade que fazem coisas para saciar os males que os comem por dentro. Mais ao mesmo tempo, olhando nos olhos deles , eu vou falar de amor. Quero que eles saibam que nada dos seus poderes, castelos, prazeres, é maior que o amor que uma garota me ensinou.

Quero resgatar a simplicidade das coisas no meio de tantos Deuses, Tecnologias, e Vícios. Reencontrar em cada ser humano o poder da inocência, dos valores, a comunidade entre os homens, em épocas de facebook e twitters que podem nos religar para além dos caminhos e instituições que tentam anular o nosso potencial de ser e de desenvolver novos horizontes.

Do quanto ainda podemos lutar não para enriquecer a qualquer preço ? De liberar esta timidez de torturas de objetivos fúteis para atitudes que os façam despertar deste sono para descobrir quem você é ? e o mundo em que vive? E assim construir de forma autêntica um caminho aonde se realiza transformando a sociedade em sentidos ; que lhe enriquecem em energia para amar. Se libertar desta falsa vergonha que a sociedade produz , de não ser como os outros , que gera constrangimentos e ansiedades, tornar consciente de sua singularidade, que não precisa ser compreendida e afirmada por todos.

Me desespero pelas injustiças, pela desordem e a força que arrastam seres humanos lindos e bons em sua essência a ponto de hoje desprezar a sociedade em que vivo. Faço isso obedecendo as disposições de meu coração, para não me tornar indiferente nem ao amor, nem ao sofrimento do outro. Odeio a polidez por ela destruir a transparência e impedir os outros de serem eles mesmos. Amo gente que chora, que grita, que se entrega de verdade, amo momentos únicos e mágicos, aonde somos inocentes e felizes. Sou contra os temores, a zombaria, e os fantasmas dos desprezos que enquadram seres e fazem se renderem aos padrões frios e artificiais desta circo corte dos lugares que assumimos um personagem como se fosse a gente. Que as honrarias e as recompensas sejam dadas a quem ama de verdade a si e as pessoas que te cercam.

A pessoa que amo não é insensível a glória mas ela quer ser reconhecida por sua singularidade . E por amar esta pessoa volto amar a sociedade. Porque ela não é um nobre insolente, nem um aventureira escrupulosa, nem uma rica desonesta , nem invejosa, nem uma burguesa avida por poder, ela é o que fugiu e escapou do naufrágio desta sociedade.

Seus sentimentos, suas razões e sua independência se comunicam em harmonia reequilibrando seu ser para liberdade, inocência e felicidade original que são as razões para termos nascido. Ela não se comove com as flores das correntes de ferro que querem lhe prender, ela é revolucionária perante as escravidões de seu ser.

A nossa sociedade possui os vícios de almas covardes, aonde se colocam lado a lado tigres e cordeiros, enquanto jacarés desfrutam os espetáculos no meio da lama de sua alma. Não tenho o projeto de transformá-los em pessoas do bem apenas de desviá-los de praticar o mal, de proteger pessoas que amo. Salvar as mulheres de amores que lhe tratam como objetos, de amigos que se unem por interesses, de pessoas que no trabalho usam o poder para destruir outras , de políticos que corrompe seus bolsos e o estado público. A tudo isto podemos responder que o verdadeiro saber não depende da Universidade mas da capacidade de cada um apreender o que ama, que a politica não pertence aos deputados mas as causa que nos movem e nos indignam, que nossa talentos e dons são maiores que os chefes e as empresas que trabalhamos, que nossa espiritualidade não precisa de ritos e de padres porque ela se realiza em Deus. E que nisto somos iguais para alem das desigualdades desta sociedade, e que no amor encontramos valores, sentidos e sentimentos,que nos completam como ser. Que eu encontrei um ser que me complementa , no qual tocamos juntos uma musica, e que outras possam fazer parte desta sinfonia, e que juntos possamos ser sementes de outra sociedade. Porque hoje infelizmente a musica que toca é a que a classe dos muitos ricos roubam o pão de nossos filhos, porque diferente no amor o que é meu é dela. Porque hoje os mais tratantes são reverenciados, em que temos que renunciar as virtudes para fazermos parte deste tipo de sociedade.

Porem como diria Rousseau estes vícios não pertence aos homens , mas a homens mal governados.

Não desejo e não temo nada de ninguém. O que penso , me é ensinado pelo amor , e é diferente de leis, moral, razão. Não necessito enganar ninguém e quero me livrar das ocasiões em que possam enganá-los. E quero entender por que nós homens degeneramos nossa inocência, bondade e amor naturais. Quero pensar e sentir o meu coração em sua inocência original quando ela me ensinou a amar. O mal não pode vir de Deus, porque por esta sociedade ele não tem aparecido há muito tempo. Esta inocência perdida estará sempre em nosso coração e devemos contestar tudo que não é ela. Esta é uma das lições que o amor por conchinha me ensinou. É sempre preciso ouvir as histórias que oprimem as pessoas e libertá-las desta escravidão .O mal tem uma história, o bem não!
O bem é o que o recusa , é o que o ultrapassa o mal, assim é o amor. E não há progresso, nem algo positivo sem amor e nem perdão. Nós somos responsáveis por cada pessoa que cruza nosso caminho, nós podemos construir com ela sua revolução como ser. É isto que nos reúne não por orgulho, mas por amor, as doçuras de um relacionamento independente. Porem nas festas, nas solenidades, nas reuniões , não podemos enxergar este ser , e o germe de querer ser visto, mesmo usado, mesmo conhecido, o germe que quer dizer que somos melhores ou desiguais, o mais forte, vai comendo o fruto por dentro, vai transformando-se em vaidade e desprezo, e dai exigira consideração e vingança, destruindo a felicidade e a inocência de cada ser.

Porque quem consegue enxergar o ser , conseguirá amá-lo, e mudara assim a sociedade em que vivemos.

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