No final de outubro de 2011 em Barbalha será realizada no Ceara , uma Feira de Conhecimento da ONU. Na Feira propomos o desafio de construir um Pacto permanente pela erradicação da miséria no Ceara.
“Estamos trabalhando coletivamente para construir uma plataforma de monitoramento do processo de erradicação de miséria no estado do Ceará ao qual podem aderir órgãos de gestão publica, organizações do setor privado e da sociedade civil atuando no Ceará de forma livre e espontânea.
Cada organização deve se comprometer com algum objetivo concreto de acordo com as próprias capacidades. Municípios representados pelas prefeituras poderiam se comprometer com o alcance de objetivos enquanto organizações individuais poderiam se comprometer dar apoio no alcance desses objetivos. A contribuição da organização para o alcance daquele objetivo pode ser financeira, in kind (doação de equipamentos, tempo etc.) ou em termos de conhecimento (ex. metodologia, capacitação, outro).
O marco metodológico para esta plataforma esta definido pelo conceito de desenvolvimento humano e mais especificamente Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e o Índice de Pobreza Multidimensional. Com base nesse marco metodológico serão definidos 100 pontos básicos para erradicação da pobreza que cada cidade deve realizar. Trata-se de coisas concretas como toda casa tem que ter um banheiro, toda mulher deve ter acesso a um micro-credito de 5 mil, cada criança daquela família tem que estar na escola, de forma que possamos estabelecer metas a partir da adesão daquela cidade ao programa/ plataforma.
Seguindo este caminho, se credencia e forma uma rede de agentes ONU de erradicação da pobreza (que contribui de diversas formas) aonde cada um deles tem compromisso e metas claras com as cidades envolvidas nesta jornada. Gerando sinergias entre eles, definindo objetivos / atividades de médio e longo prazo para superar os pontos básicos de erradicação da miséria ate 2015.
Em parceria com a ONU, IPECE e Assembleia Legislativa vamos nomear e premiar cidades que adotem / aderem ao Pacto, apresentem soluções para os 100 desafios, tendo em vista que algumas cidades já atingiram alguns destes objetivos e podem apresentar as soluções, custos e impactos visando a reaplicação do modelo por outras cidades e organizações, compartilhando com outros setores as estratégias de desenvolvimento baseado em suas capacidades e demandas locais. Tendo as Feiras de conhecimento como meio para apresentar as experiências, propagar metas/ desafios, celebrar cooperação e acordos entre os setores, nomear os agentes e outros. Recebendo o apoio em termos de fortalecimento de capacidades tornando-se outro premio para os municípios aderirem ao Pacto.
ÁREAS QUE PODEMOS COMPARTILHAR DESAFIOS:
Conhecimento e soluções: Identificar (mapear) as melhores soluções de erradicação da pobreza dos diversos setores (Prefeituras, Empresas, ONGS, Governos, Universidades, Bi-laterais), pois todos os 100 desafios / problemas já tem soluções testadas em pequena ou larga escala. A idéia é difundir estes custos e impactos a luz de experiências que possam ser visitadas e difundidas na Feira do Conhecimento, bem como incentivadas a cooperação e reaplicação delas.
Desenvolvimento de capacidades: cada organização do setor público (prefeitura), setor privado e sociedade civil poderiam solicitar apoio em termos de fortalecimento de capacidades para alcance das metas estabelecidas replicando a experiência de Barbalha (metodologia DHL).
Responsabilidade Social: o PNUD como Secretario do Comitê Nacional do Pacto Global pode propor uma parceria entre o Comitê Nacional e alguma plataforma do setor privado (FIEC, outro?) estadual para troca de conhecimentos e adaptação de instrum
entos nacionais (mais adequados para empresas de grande porte) para o nível sub-nacional (empresas de médio e pequeno porte). Também poderíamos verificar a possibilidade de doação de tempo dos executivos dos membros do Comitê Nacional para fortalecer capacidades das empresas estaduais e municipais (e.g. palestras, capacitações, reuniões de orientação dentro das próprias empresas). Monitoramento e avaliação. Monitoramento e Avaliação permanente do programa poderia ser organizado via portal na internet que ajude o gerenciamento dos projetos em rede entre os agentes, gere colaboração entre eles de diversas formas, realize pesquisas e estudos para definir os 100 pontos básicos de erradicação da miséria atualizando-os, ajude a difundir com vídeos e metodologias as melhores experiências, acompanhe in loco as metas / resultados do programa e envolva o cidadão comum, comunidades (via lan house, celular etc. e através das redes sociais) , empresas, ONGS, Universidades , e outros na avaliação e correção dos rumos do programa. O portal poderia ser acoplado ao Portal ODMs (ou ate ser o mesmo portal), porem precisa ser mais amigável e ‘atualizável’ com maior facilidade e freqüência (de preferência ‘ao vivo’ por representantes autorizados das organizações quem aderiu).
Agente de Erradicação da Miséria ONU / Governo CE
O grande desafio não é só disponibilizar politicas públicas para pessoas que tem muitas dificuldades para acessá-las. É conhecer estas famílias e pessoas, apoiá-las , caminhar juntos, para que possamos superar barreiras de ordem econômica, social, educacional, psicológicas, violências , drogas e outras. Compreender como sociedade a natureza multidimensional da miséria.
Sim precisamos de gente que tenha energia, alma, conhecimentos que possamos compartilhar juntos esta jornada pela erradicação da miséria. Precisamos escutar as vozes dos pobres e dar poder a eles de construir suas vidas e ir mais além em suas limitações. Algo mais do que renda, algo que passa por significados numa sociedade consumista que esta destruindo o planeta. A necessidade de nós, os “incluídos, NÓS PODEMOS , apoiar milhares de pessoas a ter acesso a vida , a desenvolver seus talentos, a transformar miséria em dignidade. Por isso as lições de sermos seres sustentáveis só se apreende compartilhando com outro os desafios de compartilhar a mesma economia, educação, saúde, direitos, lazer...só assim teremos a segurança , preservação da natureza e justiça social que sonhamos.
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