SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

MANIFESTO POR UMA NOVA ÉTICA! LUTEM JOVENS PELA ESPIRITUALIDADE!



Não quero um melhor capital genético para meus filhos. Não quero melhorar o desempenho econômico à custa de milhões de vidas. Não quero ricos e políticos poderosos como Deuses muito menos Robôs mandando em mim.Como podemos contribuir com a educação de jovens para uma nova ética? Como podemos questionar a luz de uma nova ética as ideias que diversas organizações empresariais, governamentais, cientificas e outras estão vendendo como únicas formas de pensar o mundo em que vivemos?  Se nossa educação só serve para encher o bolso é uma ética porem se quero inclusão, justiça social, amor, espiritualidade, arte e sustentabilidade do planeta é outra ética. Outras formas de pensar, agir e ser.

É preciso compreender indo além da razão, o sentir e o imaginar, vivenciando e experimentando outros modelos, ideias, e tecnologias de vida, conhecendo pessoas diversas e apreendendo o valor de tudo isto. Favorecer e fortalecer este debate nas comunidades, juventudes, Governos, Universidades e outros segmentos.

Talvez este seja o melhor caminho de lidar com profundas desigualdades em que mais do que os pobres são os ricos e poderosos que precisam ser educados sobre os efeitos de seus poderes nas vidas de milhões de pessoas e da natureza. Hoje estas desigualdades e miséria funcionam como algo “normal” dentro do Estado de Direito e Democrático. 
      
Nesta Sociedade aonde vários Estados se rendem a lógica Neo liberal aonde o capital impera sobre as vidas e as esquerdas negociam o pão de cada dia para aonde canalizar as esperanças, as energias, o pensamento positivo, os sonhos, os ideais, nosso trabalho, carinho, dignidade?  
Como enfrentar um modelo único de sociedade que protege o capital e destrói a natureza indo além do cientificismo, capitalismo, da cultura do consumo, dos espetáculos políticos à luz de uma ética e uma educação para cidadania global?

Como podemos proteger as crianças e os jovens que ainda dependem de nós para que possam sobreviver neste mundo. Como podemos lidar com atrocidades que eles sofrem consideradas normais por muitos? Eles não tem para onde correr trata-se da “legalização e legitimação” da miséria, criminalidade e outros que passam a ser consideradas normais.

Diante destas atrocidades, as drogas, gravidez precoce, criminalidade, violências, vidas e desejos como consumo temos que uni-las as lutas, as inovações nas políticas públicas em processos que ao mesmo tempo lidem com as causas, desenvolvam intervenções concretas agora , e sejam alicerçadas por uma nova ética capaz de despertar de um mundo que está nos destruindo como humanos para outro que fortaleça nossa humanidade em novos horizontes e outras formas de ser e viver em sociedade.

Esta é tarefa histórica das juventudes canalizar sua energia para transformar socialmente o mundo em que vivemos, ousar nas ideias, nas experiências, inovar nos modelos educacionais, em tecnologias ambientais que recuperem o estrago que realizamos, em sistemas econômicos que fortaleçam Direitos iguais para todos que são mais baratos que a ausência deles provoca na vida de todos, em não temer o amor, a espiritualidade e a arte como formas de compreender economicamente e socialmente o mundo em que vivemos.

Toda atitude política, ação econômica, projeto social, política pública, ideia, saber, consumo, arte, crença espiritual, convívio com a natureza e as tecnologias tem impacto educacional em nossas vidas no desenvolvimento de uma nova ética, no conhecimento de quem somos e do mundo em que vivemos, na construção de um ser sustentável. Por isso precisamos ousar e experimentar novos caminhos, descobertas, ideias que nos libertem de prisões conceituais, espirituais, politicas, educacionais, culturais indo além dos dogmas e programas que nos construíram e construíram este admirável mundo novo liderados por Big Brothers de várias espécies prontos a nos controlar, colonizar e clonar.

Um mundo que une a Robótica com Engenharia genética e a nano tecnologia pois não precisamos mais de homens para produzir nem precisamos da natureza para gera-los pois fabricamos crianças em laboratórios com DNAs programados e estamos transformando seres humanos em robôs programados socialmente pelo capital, drogas e consumo. As cidades, os shoppings ou paraísos artificiais querem a cada dia mais ocupar o lugar da natureza em nossa vidas.

Neste mundo e em sua ética a autodeterminação, a igualdade, a liberdade, os direitos e a dignidade são desprezíveis e não são mais necessárias. A tecnologia deve ser compreendida como a natureza criando-se a si mesma por intermédio do Capital e da Ciência sobre os quais a humanidade perdeu o controle dos fins.

Os robores não faram o debate da ética que os construíram e dominaram os que os conceberam em sua visão limitada de mundo e de vida. Cada vez mais o componente não biológico de nossas vidas e inteligências está sendo invadidos por tecnologias, máquinas, programando nossa ética e formas de ser e viver neste mundo.  AFINAL QUANTOS JOVENS ADORARIAM SE TRASNFORMAR EM ROBOS, VAMPIROS, EM LUTADORES DE UFC, EM SELFIES, EM MARCAS mas onde fica o lugar do amor, da vida, conhecimento, espiritualidade, das lutas políticas por justiça social, da arte, do convívio com a natureza? 
  
Não podemos abandonar nosso poder de decisão, iniciativas, valores, e escolhas que nos torna humanos. A ciência busca hoje aliada ao capital se emancipar do gênero humano e só uma nova ética HUMANA pode enfrentar o poder do capital e da ciência.


Não quero um melhor capital genético para meus filhos. Não quero melhorar o desempenho à custa de milhões de vidas. Não quero ricos e políticos poderosos como Deuses muito menos Robôs. A arte mais uma vez estava certa a imaginação prevê as consequências de nossos atos anos luz. Filmes como o Exterminador, Blade Runner , Matrix, X-Men, A Origem ou os mais atuais  Lucy, Transcendence e  I Origins  tem a capacidade de nos alertar, despertar , educar e libertar para a construção de uma nova ética.


Temos que nos produzirmos a si mesmos de dentro para fora e não esperar que técnicas, tecnologias, cirurgias plásticas e computadores nos produzam de fora para dentro de nossa alma. Não precisamos de especialistas reconhecidos com suas receitas de bolos, corpos, e mentes. Precisamos de novas experimentações e aprendizagens com a diversidade sem receitas pois como novos conhecimentos podem se integrar pela pessoa, como eles podem se tornar saberes, serem traduzidos em competência, em saber agir? Com um tocador de piano pode comprar o pacote para se tornar boxeador? Comprando um programa ou outra mão?


Alguns acham que se compram e fabricam subjetividades. Eu acho que se produz monstros e robôs e não seres humanos. Acho que podemos potencializar nossas capacidades com maquinas e programas mas não substitui-las. A autonomia, a decisão, a escolha, a ética não são substituíveis por maquinas e nem programadas por computador. Eles apenas repetem o que o programa manda ou seja o que outro ser humano programou a serviço do capital e da ciência. 

Aqueles que nos escolhem nos remodelar não serão remodelados eles mesmos por isso luto por uma nova ética capaz de remodelar seus pobres fins e interesses a serviço do capital e da ciência que não está a serviço da humanidade e nem do planeta.


Os homens todos e não alguns tem o direito de escolher sua própria sorte e não ser modelados por outros. Nem a Robótica, nem a Genética, nem o Estado, a Igreja, o Capital tem o Direito de modelar homens e castrar seres de suas escolhas e potencialidades. Os critérios e os julgamentos de nossa escolhas nos pertencem individualmente ou coletivamente pela determinação de nossa leis. Não podemos roubar antecipadamente a liberdade que não pode se satisfazer senão pela ignorância.

Todo ser humano deve se compreender como autor de sua própria vida. Vidas capazes de mudar seleções cientificas, hierarquizações sociais, desigualdades históricas, o poder de Deuses e homens, sem normas e padrões. Não somos filhos do Estado, do Capital ou da Ciência. Não podemos controlar o acaso e as incertezas mas podemos lutar contra as arbitrariedades de homens poderosos.

Só podemos ser livres se tivermos capacidade de produzir a si mesmo com autonomia, direitos e responsabilidades. Enfrentar novas formas de escravidão como as grades feitas de código de barras e capital contra castas genéticas que produz modelos de corpos e habitats por vias financeiras.

Sem origem comum, sem a comum compreensão de todos em cada um, não há sociedade nem civilização.  Só a linguagem que interessa circula para os fins que interessam sem propósitos nem sabedoria sobre eles. Hoje a inteligência de muitos homens está sendo ocupada, clonada e colonizada pelo capital e pela ciência sem a capacidade de criticar e refletir sobre eles e seus novos Deuses. Infelizmente nosso sistema de educação produtor de éticas favorece esta logica sobre o espirito de nossas crianças e jovens.

A informação é tudo mas a que serve esta informação? Pessoas que tem que ser informadas como matérias fabricadas. Agora as tecnologias que são inteligentes e coordenam processos cada vez mais amplos e com grandes impactos sobre a humanidade. As tecnologias e o capital cooperam entre si para nos dominar. Altas tecnologias e suas performances superam vontades, subjetividades e inteligências humanas poucos críticas e sem rebeldia.

Cada vez mais se dividem e separam relações complexas e orgânicas nos seres humanos com biotecnologias ou na natureza para domina-las e destruí-las. Igualar tudo e todos não respeitando a diversidade da natureza e dos seres humanos. Tudo vira plástico incluindo os corpos, os genes e a natureza tudo pode ser fabricado e vendido. Um novo habitat produzido pelo capital e robôs.

Porem a Ecologia, a Complexidade, e a Justiça social podem juntas construir uma nova ética para esta e as novas gerações com o potencial de libertar as relações humanas da ideia de inimigos e sem a necessidade de dominar outros homens e a natureza. Fundar uma civilização que reforme o pensamento e que tenha coragem de lutar uma batalha pela espiritualidade com as armas de uma nova ética.   

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