SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

sábado, 23 de julho de 2022

INTRODUÇÃO: APRENDIZAGEM DA CORPORIEDADE, AUTONOMIA, INDIVIDUAÇÃO, MULTIPLICIDADE, PRODUÇÃO DA DIFERENÇA E COMPLEXIDADE EM ESPAÇOS EDUCACIONAIS NÃO ESCOLARES.

 


  

Enfim, o fundo do poço da vergonha foi atingido quando a informática, o marketing, o design, a publicidade, todas as disciplinas da comunicação apoderaram-se da própria palavra conceito e disseram: é nosso negócio, somos nós os criativos, nós somos os 'conceituadores'!

Deleuze e Guatari

1 INTRODUÇÃO

 

O objetivo deste trabalho foi pesquisar o que é ser educador social e como ocorre a formação de um pedagogo em espaços educacionais não escolares. O TCC está dividido em três partes. 

 

Na primeira faço uma revisão bibliográfica sobre os pensadores e teorias que pensam os processos de aprendizagem, corporeidade, autonomia, multiplicidade e produção da diferença que seguimos como guias em nossa jornada de formação como educador social. 

 

Na segunda descrevo usando registros e memórias autobiográficas a minha formação como Educador social como processos de aprendizagens pela corporeidade e o desenvolvimento de autonomia em uma multiplicidade de lugares visando a produção das diferenças através da integração de práticas pedagógicas em espaços socioeducacionais não escolares. Descrevo quais os papéis e características do educador social, os processos de formação, e as lições aprendidas com autonomia e visão sistêmica unindo as teorias das disciplinas cursadas na Pedagogia da UFC com as práticas e experiências da minha formação como educador em espaços educacionais não escolares produzindo diferenças em diversas atividades educacionais (GOHN, 2013).

 

a. Educador como gestor escolar.

b. Educador como militante politico na luta em defesa da educação e democracia.

c. Educador na superação de desafios sociais que impactam as famílias, escola e a comunidade como racismo, gênero, fome, pobreza, desigualdades, crime e outros.  

d. Educador como ambientalista.

e. Educador como artista.

f. Educador como praticante de esportes e cultivador da saúde. 

g. Educador e o uso das tecnologias para fins educacionais.

h. Educador como facilitador da integração entre famílias, escola, comunidade e cidade.

 

Na terceira parte apresentamos uma conclusão: Em busca da maestria e sinfonia educacional como educador social. Além de como elas são vivenciadas e aprendidas com corporeidade e autonomia na produção de diferenças no Centro Acadêmico como espaço educacional não escolar onde o planejamento, gestão, formação, ensino, pesquisa, avaliação, e a respectiva integração de práticas pedagógicas ocorrem no desenvolvimento de células autopoiéticas de estudantes de pedagogia que vivenciam o Centro acadêmico como uma República democrática pedagógica popular. Constituindo princípios de uma cidade educadora onde famílias, escolas, comunidades, ONGs, empresas e universidades devem buscar formar entre si ecossistemas educacionais e digitais visando uma atuação em rede para transformar vidas e comunidades.

 

Nesse TCC pesquiso a minha formação como educador social, respectivas aprendizagens  autonomias em múltiplos lugares visando a produção da diferença , através de registros e memórias autobiográficas de experiências vividas em diversos espaços educacionais não escolares e escritas em meu blog pessoal[1], escrevemos também sobre as lições aprendidas nas disciplinas do curso de pedagogia com foco em ser um educador social unindo as teorias das disciplinas com as práticas pedagógicas nesses ambientes gerando aprendizagens de corporeidade e autonomia em uma visão múltipla e complexa produzindo diferenças (FREIRE, 2019a); (DELEUZE;GUATARRI,2000 ); (MORIN, 2005b)

 

No momento atual em que a UFC discute a implantação da curricularização da extensão e a sociedade busca novos paradigmas educacionais no mundo com profundas transformações tecnológicas, mudanças climáticas, lidar com as consequências da pandemia, avanços das desigualdades, violências, pobreza entre outros. Logo, resolvi escrever sobre minha jornada de formação como pedagogo lidando com esses desafios, uma contribuição de como busquei integrar as disciplinas da Pedagogia da FACED UFC com experiências e desafios que vivo em espaços educacionais não escolares que podem ser úteis nos diálogos sobre o processo da curricularização da extensão nas universidades [2] ou na importância dos estágios para complementar nossa formação como educador. 

 

Eu tenho um blog onde já escrevi mais de 900 textos, incluindo minha autobiografia como educador, artigos sobre minha aprendizagem nas disciplinas da Pedagogia da FACED UFC no momento em que cursava, servindo como registro e memória dessas lições, relatos sobre minhas experiências em espaços educacionais não escolares que busca relacioná-las com as disciplinas em práticas pedagógicas como gestão escolar, lutas políticas na educação, diversas questões sociais como racismo, gênero e desigualdades que fazem parte do dia a dia das escolas e universidades, arte como educação, questões ambientais que impactam a escola e a formação dos estudantes, a relação do esporte como o futebol e o surf e a educação, integração das escolas com as famílias, comunidades, e ONGs, e o uso das tecnologias no processos educacionais  e formação dos estudantes. Nesta jornada educacional entre disciplinas e experiências em espaços educacionais não escolares diversos fui aprendendo com autonomia o que podemos denominar inicialmente de uma cidade educadora numa visão sistêmica, mas observando sempre o que cada prática pedagógica nesses respectivos ambientes ensina na gestão, luta por democracia, superação de desafios sociais e ambientais, como usar as tecnologias para fins educacionais entre outros. 

 

Nesse sentido, significa muito em minha formação participar no último semestre da Pedagogia do Centro Acadêmico Paulo Freire na atual gestão que denominamos Esperançar com Autonomia. O relato dessa experiência em campo uso para concluir esse TCC apresentando como um espaço educacional não escolar. Onde essas diversas práticas pedagógicas aprendidas nas disciplinas e experiências de cada um de nós, membros do Centro Acadêmico, se integram numa célula horizontal auto poética de estudantes da pedagogia que constroem uma República Pedagógica Popular. 

 

Essas lições aprendidas com autonomia durante o curso de pedagogia e o relato autobiográfico dessas experiências constituem ao mesmo tempo a integração de forma orgânica, interdisciplinar e complexa entre ensino, pesquisa e extensão somada aos desafios que temos como educadores na sociedade que vivemos e na formação de outras pessoas como Professores. É importante lembrar que esses espaços educacionais não escolares fazem parte da educação de milhões de pessoas em nosso Brasil e que devemos buscar caminhos para integrá-los às Escolas e Universidades. 

 

Afinal foram essas lições que nas disciplinas da Pedagogia da FACED aprendemos com Paulo Freire contra a educação bancária com esperança, amorosidade e autonomia, aprendemos com Vygotsky a essência educacional da interação social, aprendemos com Dewey a importância da experiência e Democracia na educação, a complexidade da educação com Edgar Morin, as várias fases do desenvolvimento com Piaget que não se dão apenas nas escolas.

 

O objetivo geral deste trabalho é pesquisar o que é ser educador social e como se dá a formação de um pedagogo em espaços educacionais não escolares. Nesse TCC pesquiso a minha formação como educador social, respectivas aprendizagens e autonomias, através de registros e memórias autobiográficas de experiências vividas em diversos espaços educacionais não escolares e escritas em meu blog pessoal, escrevo também sobre as lições aprendidas nas disciplinas do curso de Pedagogia com foco em ser um educador social unindo às teorias das disciplinas com as práticas pedagógicas nesses ambientes gerando aprendizagens e autonomia numa visão sistêmica visando a produção de diferenças.

 

Especificamente propumo-nos  realizar uma revisão bibliográfica sobre pensadores e teorias que pensam os processos de aprendizagem, corporeidade, autonomia, multiplicidade e produção da diferença que seguimos como princípios em nossa jornada de formação como educador social. O segundo objetivo especifico é descrever usando registros e memórias autobiográficas a minha formação como Educador social como processos de aprendizagens e desenvolvimento de autonomias em uma multiplicidade de espaços produzindo diferenças através da integração de práticas pedagógicas em espaços sócio educacionais não escolares. Descrevo neste percurso as características do educador social, os processos de formação, e as lições aprendidas com autonomia unindo as teorias das disciplinas cursadas na Pedagogia da UFC com as práticas e experiências da minha formação como educador em espaços educacionais não escolares. Por fim, o terceiro objetivo é uma busca da maestria e sinfonia educacional como educador social. Apresentando um estudo de campo sobre os discursos, características e a formação de um educador social  e como elas são vivenciadas e aprendidas com autonomia no Centro acadêmico como espaço educacional não escolar onde o planejamento, gestão, formação, ensino, pesquisa, avaliação, e a respectiva integração de práticas pedagógicas ocorrem no desenvolvimento de células autopoiéticas de estudantes de pedagogia que vivenciam o Centro acadêmico como uma República democrática pedagógica popular. Constituindo princípios de uma cidade educadora onde famílias, escolas, comunidades, ONGs, Empresas e Universidades devem buscar formar entre si ecossistemas educacionais e digitais visando uma atuação em rede para transformar vidas e comunidades.



[1] Blog pessoal – Habitante Terra da Sabedoria. Link para acesso: https://habitanteterradasabedoria.blogspot.com/

[2] Resolução CNE/CES 7/2018. Diário Oficial da União, Brasília, 19 de dezembro de 2018, Seção 1, pp. 49 e 50.

 

 

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