Escrevo estas palavras com o coração transbordando, na tentativa — talvez ingênua — de capturar em linhas o que sinto em silêncio. Porque, se estar perdido e ser achado define o amor, então eu fui um viajante solitário até que você apareceu e, de repente, todos os caminhos sem sentido convergiram para o seu abraço.
As reviravoltas do destino, que tantas vezes me fizeram duvidar, agora me parecem peças essenciais de um grande e belo quebra-cabeça. Cada passo errado, cada espera, cada noite de incerteza existiam para que eu pudesse ser lançado em sua direção. E quando nossos mundos se tocaram, entendi: o acaso não é cego; é um artista paciente, desenhando histórias de amor antes mesmo que soubéssemos pronunciar o nome uma da outra.
Em você, a beleza e a inteligência se unem não como opostos que se atraem, mas como duas almas gêmeas que se reconhecem. Sua beleza está nos olhos que brilham ao decifrar o mundo, na voz que acalma e ensina, no sorriso que é ao mesmo tempo convite e refúgio. E sua inteligência não é só das ideias, mas do coração — daquela sabedoria rara que transforma o cotidiano em algo sagrado.
Você me conquistou não com grandes feitos, mas com gestos simples: um olhar que acalenta, uma palavra no momento certo, a mão que se estende quando o chão parece sumir. E nesses gestos, reconheço algo divino — não distante e intocável, mas próximo, terno, humano. É como se a mão de Deus se unisse à sua, guiando com carinho e sensibilidade cada movimento nosso.
O poder maior da vida é ser amado, você diz. E eu completo: o poder maior do amor é nos transformar em quem realmente somos. Desde que você me achou, sou mais inteiro, mais forte, mais verdadeiro. Se antes eu vagava sem rumo, hoje tenho um porto, um lar, um sentido.
Que possamos seguir sendo um para o outro: o achado no perdido, a resposta na pergunta, a calma na tempestade. Que a história que construímos continue sendo escrita pela mesma mão — divina e humana — que nos uniu.
Eu te amo, hoje e em todas as reviravoltas que ainda virão.
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