Eu entrei profissionalmente numa sala quando fundámos a Empresa júnior como Presidente para realizar 20 consultorias, depois como executivo em grandes empresas como Coca Cola, Dupont, Amro Bank e na época Brahma, hoje Ambev. A jornada profissional contínua fui dirigir outras ONGs como Empreendedores de Sonhos, fui eleito Empreendedor de um novo Brasil pela Exame, me torno fellow Ashoka, começo a empreender outras ONGs, agora em rede, a Terra da Sabedoria, e entro no Banco Mundial para atuar como consultor. Outros desafios acontecem passo a entrar nas salas de gestores públicos como profissional para depois me tornar gestor público atuando em governos como no Gabinete do Governador. Nessa caminhada ajudei a captar recursos do BID para os CUCAS. Realizamos a primeira Feira do Conhecimento da ONU no Brasil. Recebi um prêmio pelos diversos projetos e organizações que criei que atuam com jovens do Presidente da UNESCO e da Ministra de Ciência e Tecnologia da Espanha em Bilbao, na ONU em Nova York, Chile e outros e reconhecimentos como Empreendedor Social da Mckinsey. Na área acadêmica estudei Administração, Economia, e Psicologia. A jornada contínua me formou em cinema pela UFC e começo a criar roteiros, realizar filmes e desenvolver games. Durante essa jornada atuo como escritor há 15 anos escrevendo 4 livros e 890 artigos no meu blog, entre eles este. Nunca deixei de empreender e apoiar ONGs em vários processos já são mais de 40, atualmente estou focado em mais três: o Instituto Serviluz, os Fotógrafos do Amanhã e contribuir na criação da EDISCA digital. Desde os 15 anos nunca deixei de atuar em movimentos da juventude, estudantis e sociais, incluindo a luta até hoje pela inovação das políticas públicas e impacto social. Hoje culminando na criação do primeiro Vale de inovação em políticas públicas e impacto social e na seleção da Startup Ecossistema digital para compor o Parque tecnológico da UFC. Há 15 anos atuo como Professor no Programa de inovação social de 16 créditos com um Diretor acadêmico americano, dou aulas e acompanho as pesquisas de acadêmicos de Universidades Americanas como Harvard, Yale, Stanford, Columbia, MIT, Princeton e outras. Agora com acadêmicos de Universidades Europeias. E agora entrei no Mestrado em Ciência de Dados da USP. Bem escrevo esse artigo sobre educação para vida para dizer que continuando a jornada acadêmica estou me formando em pedagogia pela UFC e vou fazer estágio nas escolas. Toda essa jornada culmina para entrar em sala de aula como professor para dar aulas para crianças e
jovens.
O que é mesmo essa educação que tanto falamos sobre diversos olhares para vida, saberes, setores da sociedade, culturas e países distintos? Estou lendo a biografia de Diderot que criou a Enciclopédia como caminho de um pensamento livre. Enquanto ele estava preso por divulgar suas ideias que culminaram no Iluminismo e Revolução Francesa. Rousseau ia visitá-lo andando a pé por Kms e refletindo como a sociedade corrompia o homem e gerava em seu seio as origens das desigualdades entre os homens, e depois gerou uma pedagogia profana andando pelas florestas escrevendo suas confissões. Ontem eu estava conversando com uma Doutorando em Educação de uma Universidade Finlandesa, ela me falava que a arte é a base da educação finlandesa. Assim como o brilhante resultado recente da Noruega nas Olimpíadas de Inverno na China nos ensina que o esporte não competitivo é a base da educação norueguesa. Poderia citar outros exemplos como Emilia Romana onde a expressão das crianças em cem linguagens e cooperativismo é a base dessa educação italiana. São diversos olhares para vida, saberes, participação ativa dos governos, comunidade e família na educação, que não se reduzem ao PISA, nem entram nos dados de várias análises e avaliação em educação.
É exatamente nesse ponto que os livros que lemos, os filmes que assistimos, as artes e esportes que praticamos, as políticas sociais e não apenas as educacionais que lidam com as desigualdades e violências, os valores, os vínculos e a solidariedade entre as pessoas fazem a diferença, somando com a liberdade e a criatividade de expressar seu ser em jornadas que unem espaços educacionais não escolares com escolares numa educação integral para vida, não apenas em tempo integral com novos prédios, currículos e professores. O discurso escolar focado em sala de aula, currículo e professores como nos alertou Vygotsky não é suficiente para lidar com a aprendizagem em zonas de desenvolvimento proximal e sociedades em profundas transformações como a nossa com disrupções tecnológicas , mudanças climáticas e avanços das desigualdades, violências, crime organizado, e Estados corruptos com políticas públicas sem impacto e com baixas capacidades de mudar vidas e cidades.
Explanar um resumo de minha jornada de vida que visa a atuação como pesquisador e professor nas Escolas, Universidades, e outros espaços educacionais não escolares foi o que fiz a vida toda em vários setores da sociedade. A jornada educacional sempre visou autonomia e aprendizagem minha e de outros que compõem um projeto, uma organização, uma pesquisa e outros. Os desafios e os problemas sempre foram a meta que nesse percurso nos fez desenvolver e vivenciar várias práticas pedagógicas que transcendem a sala de aula. Nessa jornada aprendi a importância de um plano de vida, de compreender a trajetória de vida de uma pessoa e seus objetivos e desafios, os processos de metacognição, os limites da tecnologia e da sala de aula, o quanto importante é espaços educacionais não escolares em suas vidas em sua aprendizagem e autonomia, e a necessidade de formar professores nesses espaços quando teorias e práticas científicas se misturam com saberes populares das comunidades, políticas públicas, gestão empresarial de forma interdisciplinar, intersetorial e muitas vezes internacional misturando culturas cada vez mais pela internet.
Educar e cuidar de nossas crianças e jovens, em especial de nossas comunidades pobres, é o maior desafio que temos como brasileiros. A falta disso gera a maioria de nossos problemas e destrói milhões de vidas, nossas cidades, natureza, e famílias. Ousar, inovar e integrar áreas da vida como educação, arte, economia, tecnologia, meio ambiente, saúde, esporte, política e social numa perspectiva científica e sistêmica de médio e longo prazo é a missão que me incentivou a vida toda. De um pequeno grão de terra a Terra da Sabedoria, empreendendo sonhos em ecossistemas sociais e digitais, vivendo e pesquisando uma educação para uma vida boa, bela, justa e economicamente sustentável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário