O Educador americano John Dewey nos lembra que “ A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida. “ E “ Os homens nunca usaram totalmente os poderes que possuem para promover o bem, porque esperam que algum poder externo faça o trabalho pelo qual são responsáveis.”
Uma das características dos tempos que vivemos é que as pessoas buscam o sucesso a qualquer preço enquanto a humanidade vive de catástrofes ambientais, miséria, aumento das violências como se nada disso tivesse haver com cada um de nós seres educados em busca do sucesso. O que significa a palavra sucesso ?
Sim podemos escrever e construir uma história sem o Estado na medida em que esse tem servido para guerras, corrupção, destruição da natureza, e aumento das desigualdades e violências . Uma autoconsciência da sociedade civil e de cada pessoa é mais poderosa que qualquer lei e mais feliz que sucessos e catástrofes. Sim talvez podemos aprender com a história e as catástrofes e com nosso próprio ser pelas experiências.
Visando conquistar nosso liberdade devemos exercer nosso poder como defende Dewey. Porém “ Nós só pensamos quando nos defrontamos com um problema.” Os desafios que a sociedade enfrenta ao invés de catástrofes tem o poder de nos educar ao mesmo tempo nos liberta de viver em busca de sucessos frágeis e tristes.
Diante de tantas tragédias apreendemos a responde-las com comédias cada vez mais fugazes como drogas momentâneas quando devemos nos educar para vida e os desafios do mundo que vivemos. Uns dizem que o dinheiro é a resposta para tudo é uma pena que eles não conhecem o livro negro nos quais são inscritas as notas mais importantes sobre as fortunas e seus segredos que por exemplo o crime organizado ensina todos os dias a milhões de crianças e jovens pelo mundo.
Vivemos numa sociedade em que os vizinhos contam os segredos, as paixões ludibriadas, as vaidades feridas, os vícios , os desapontamentos, as vinganças, os tagarelas são os melhores agentes da polícia; muito melhor será quando podemos falar de amor , amizades, alegrias, sem a vergonha de inovar o nosso ser mudando nossa casa, comunidade e a cidade que vivemos com elos que transbordam de paz.
Ao invés disso o mundo tem se tornado cada vez mais complexo e ingovernável em que destinos heterogêneos e extremos se misturam e se perdem. Como os chamou Adorno "caçadores de sangue" compreendendo as fraquezas das pessoas e a catástrofes que vivem muitos se tornam pastores, empresários da fé transformada em lucro, se misturam com outros corruptos políticos, empresários escravocratas, educadores do sucesso e das notas, artistas de sorriso fácil que propagam o cinismo, a desumanidade, a indiferença em relação ao destino do outro. A comédia humana alimentada pela dor tem sido bem pior que a Divina comédia de Dante.
É nesta sociedade que a juventude e a maturidade necessitam cada vez mais de conhecimento que na visão de Dewey “ EDUCAÇÃO NÃO É UMA QUESTÃO DE FALAR E OUVIR,MAS UM PROCESSO ATIVO E CONSTRUTIVO.” É preciso desafiar as pessoas e dar poder pois “ a mais profunda das solicitações na natureza humana é o desejo de ser importante” .
Devemos reconhecer que continuar com os mesmos modelos nas escolas e Universidades têm conduzido a rigidez, a cristalização e a morte de pessoas mesmo em vida, reproduzindo comportamentos destrutivos e não a liberdade, só a mutação, ainda que seja dolorosa, perpetua a vida.
Compreender porque buscamos o sucesso e o que nos leva a catástrofes nos educa pelo conhecimento que liberta, que gera um círculo sem fim, um equilíbrio e um compromisso com nossas vidas e com o mundo que vivemos, a devida proximidade e o distanciamento, a participação apaixonada e o conhecimento confiável.
O mundo colocou tudo a venda inclusive a fé, o amor e a educação , misturou capital e sorte na bolsa de valores, transformou democracia em corrupção, guerra em negócios, portanto para vencer os banqueiros precisamos muito mais que perfume, inteligência e profecias.
Muito mais do que novas modas ou tecnologias aonde as escolas ou a vida não pode parecer um shopping ou salão de belezas. Tudo que era sagrado é profanado, o que era sólido virou poeira no ar, e não fomos educados a pensar sobre isso.
Temos que buscar enxergar e imaginar o mundo e o ser como páginas em branco e escrevê-las com experiências que amplie o ser e não reduza seu potencial. Multiplicar destinos e vidas capazes de escrever de forma singular milhares de histórias em suas vidas. Não cem mil jovens buscando o mesmo sucesso pelos mesmos caminhos se digladiando entre si e cada um plantando sementes de catástrofes pelas consequências de seus atos nas bolsa de valores, guerras, crimes, drogas, destruição da natureza, consumo, servindo a podres autoridades e políticos com suas paixões egoístas. Fortunas rápidas as custas de combates ferozes, um devorando o outro. Ao invés desse caminho podemos educar cem mil jovens para viver histórias que inovem seu ser e a terra que vivemos.
Dewey é um bom mestre nessa jornada que não cabe em 80 dias nem em dar a volta ao mundo. Os caminhos e os passos são outros mais naturais e orgânicos menos artificiais. “Se alguém desejar perceber a distância que pode haver entre os “fatos” e o significado dos fatos, permitam que esse alguém entre no campo da discussão social. Muitas pessoas parecem supor que os fatos carregam em si o seu significado, na sua própria face. “
É preciso experimentar, compreender e viver cada passo. A teoria de Dewey se inscreve na chamada educação progressiva. Um de seus principais objetivos é educar a criança como um todo. O que importa é o crescimento — físico, emocional e intelectual.
O princípio é que os alunos aprendem melhor realizando tarefas associadas aos conteúdos ensinados. Atividades manuais e criativas ganharam destaque no currículo, e as crianças passaram a ser estimuladas a experimentar e pensar por si mesmas. Nesse contexto, a democracia ganha peso, por ser a ordem política que permite o maior desenvolvimento dos indivíduos, no papel de decidir em conjunto o destino do grupo a que pertencem. Dewey defendia a democracia não só no campo institucional, mas também no interior das escolas.
Aprender a ser herói mesmo que por um dia é a melhor forma de inovar de forma sistêmica seu ser e a terra que vivemos. Mas que o que ser herói hoje ? que ilusões vendemos e propagamos do sucesso e do prazer a qualquer preço pela ausência de uma educação sistêmica capaz de inovar e criticar o ser e a Terra que vivemos.
Ivan Jablonka (Paris, 1973) é um macho beta. “Desde pequeno me sentia incomodado com o modelo de virilidade obrigatório”, diz ele na sala de jantar de sua casa em Paris, no oitavo andar de um edifício antigo no bairro de Belleville. “Eu gostava de coisas de meninas: desenhos animados de meninas, a poesia, as confidências. Aos 16 ou 17 anos, comecei a ser alvo de insultos homofóbicos, apesar de me achar bastante heterossexual”, diz o historiador e sociólogo francês, cuja mulher e as três filhas estão no cômodo ao lado. No final de 2017, o acontecimento do MeToo foi o cataclismo feliz que intensificou as epifanias de ordem privada que ele havia experimentado nas últimas décadas. “Uma série de evoluções afetivas e intelectuais me fez tomar consciência de algo para o qual não tinha palavras: que existiam mil maneiras diferentes de ser um homem”, acrescenta.
O resultado dessa reflexão é Des Hommes Justes: Du Patriarcat Aux Nouvelles Masculinités (homens justos: do patriarcado à novas masculinidades), ensaio sobre a história da dominação patriarcal em que se propõe reinventar a noção de hombridade “para reconciliá-la com os direitos das mulheres e a ambição democrática de nossa sociedade”, afirma o autor, que festeja a recente multiplicação de ensaios sobre a chamada nova masculinidade, oposta ao ideal de virilidade, força e vigor que tem imperado há séculos. Teorizado nos círculos universitários anglo-saxões desde os anos 80, esse contramodelo é tema de incontáveis ensaios à luz do caso Weinstein e seus corolários, sempre sob a suspeita de certo oportunismo. No caso de Jablonka, entretanto, a reflexão vem de longe. A origem deste novo ensaio se encontra em Laëtitia — Ou o Fim dos Homens, a bem-sucedida crônica do assassinato e esquartejamento de uma adolescente de 18 anos ocorrido em 2011.
Nas páginas do livro, Jablonka o descrevia como um estudo sobre “o espectro das masculinidades descarriladas do século XXI, tiranias de machos, paternidades deformadas, o patriarcado que nunca morre”. Era um volume sobre “as corrupções viris” que o fez sentir, pela primeira vez, vergonha do próprio gênero. “O subtítulo do livro deixava claro: era uma primeira tentativa de reflexão sobre o masculino, sobre uma masculinidade patológica e perversa. Diante desse modelo criminoso, o que podemos fazer? Eu quis lhe dar uma continuação mais positiva e luminosa”, afirma o autor, que considera afortunada a suposta crise da masculinidade, porque permitirá “quebrar o monólito” e refundar um modelo caduco. “Uma vez diagnosticado o fim dos homens, podemos fazê-los renascer com traços de homens justos. Ainda não se deve jogar os homens no lixo. Há esperança de mudança.”
Se alguém se refere aos tons utópicos de suas ideias, tanto na vida como no livro, Jablonka não leva a mal. “Precisamos de utopias neste mundo triste, realista. As grandes mudanças do século passado surgiram das utopias. As do século 21, como o combate às mudanças climáticas, a reforma do capitalismo e a justiça de gênero, também são assim”, responde. “Os homens justos ainda não existem, porque a estrutura social nos aprisiona. O patriarcado envenena a todos nós, aos homens tanto quanto às mulheres”, acrescenta o autor, que em seu livro propõe uma “redistribuição de gênero “, similar àquela realizada com a riqueza.
Des Hommes Justes é também um tratado sobre a noção de “contramasculinidade”, um contrapoder que permita lutar contra a hipertrofia do masculino. “A experiência do homem branco heterossexual não é universal, não representa a humanidade inteira. O homem deve se colocar no lugar que lhe pertence e ceder espaço e poder aos outros.”
No percurso histórico que Jablonka propõe sobressai uma “ultraminoria” de homens que lutaram pela igualdade. O restante preferiu ficar de fora de um debate residual, mas existente. “Prudência, indiferença, cegueira, desdém, misoginia, medo de trair a ordem do gênero?”, questiona o autor. Com notáveis exceções, como Condorcet na França ou John Stuart Mill na Inglaterra, poucos tomaram partido desta causa. Karl Marx não era proletário, William Garrison não foi escravo e André Gide não trabalhou à força nas plantations congolesas, o que não os impediu de se envolverem na luta de classes, no abolicionismo e no desmantelamento do regime colonial. “Na questão dos direitos das mulheres, a maioria se contentou com o status quo”, observa Jablonka, que faz um chamado por um “4 de agosto de 1789” da igualdade, a data em que a Assembleia Constituinte aboliu o sistema feudal na França. Um aceno à Revolução Francesa que lhe rendeu críticas quando o livro foi publicado na França, onde os revolucionários acabaram guilhotinando Olympe de Gouges e traindo as demais mulheres que aspiravam beneficiar-se do fim dos privilégios.
Outro ataque pontual consistiu em tratá-lo como um desses aliados que se colocam sob os holofotes da mídia até acabar eclipsando as próprias mulheres que queriam defender. Jablonka se defende opondo-se à “biologização do feminismo”. “Trata-se de um pensamento crítico que busca maximizar os direitos das mulheres em um contexto de violência e discriminação. Nada impede que um homem assuma esse combate. O ridículo seria se eu me apresentasse como um herói do feminismo, mas não é o caso: só quero contribuir para redefinir a masculinidade. No mais, sou contra o debate sobre a apropriação: você pode ser egiptólogo sem ter conhecido Cleópatra”, rebate o autor. “O maior risco que os homens correm é ficar calados, desvincular-se do caminho em que a história avança. Hoje a modernidade política é personificada pelas mulheres e os homens estão ficando para trás. Elas não se parecem mais com suas mães. Nós, por outro lado, continuamos nos parecendo com nossos avós.”
Masculinidade dissidente
Um dos aspectos mais interessantes do ensaio é a genealogia histórica que ele propõe para essa masculinidade dissidente. Jablonka se incumbe de buscar modelos alternativos aos hegemônicos e os encontra “nos sub-homens”. No “judeu, no negro e no homossexual”. No homem sem qualificação viril e no homem sofredor. Na cultura ashkenazi anterior à fundação de Israel, que permitia projetar-se na masculinidade “como intelectual e fracote, não como atleta nem como macho”. Nos homens frágeis da Bíblia, no Abraão estéril e no Isaac cego. Nos judeus da era romana, que preferiam filosofar a lutar. Nos primeiros cristãos, que herdaram “aquela fraqueza desejada”, um sinal distintivo que os separava da brutalidade de Roma. E assim por diante até chegar aos trabalhadores sem classe do século XX ou mesmo Charlie Chaplin, seu modelo absoluto: o homem desvirilizado, sem trabalho nem dinheiro, em guerra aberta com a masculinidade dos poderosos. “Nessa atitude há um potencial feminista”, suspeita o escritor.
Toda obsessão costuma esconder uma ferida. Jablonka vem de uma família tradicional, onde o pai trabalhava e a mãe cuidava da casa. “Ao mesmo tempo, essa configuração à moda antiga se via perturbada pelo fato de que meu pai era um órfão do Holocausto, uma figura de fragilidade e vulnerabilidade masculina”, diz ele. “Continuo vivendo entre duas masculinidades: sou branco, burguês e heterossexual, mas também um homem angustiado, um intelectual e um judeu, o que me conecta com modelos masculinos degradados. Quando eu era adolescente, isso me fazia sofrer. Agora acho que foi uma sorte.”
De repente, Jablonka se levanta e vai até a sacada para apontar, entre as vielas que circundam seu modesto edifício, o lugar preciso onde seus avós, judeus poloneses exterminados em Auschswitz, foram presos durante a guerra. Não o diz no livro, embora também não seja necessário: a chave que dá acesso a esta nova masculinidade poderia ser a capacidade de compreender a opressão e a exclusão dos outros porque foi vivida na carne.
A trajetória da vida é um espiral de longa sequência de obediência cega misturada com atos arbitrários provocados pelos acasos, amor à primeira vista, desafios múltiplos, o simples ego e outros. Indo muito além das regras sociais exige a necessidade de sabotá-las para que tenhamos capacidade de nos individualizar e ser personagem de nossa própria história. A busca pelo ser nos coloca em conflito com nossa sociedade em torno de alguns ideais. Essa construção da subjetividade exige coragem pois além das qualidades da alma, nosso ser precisa ser condenado pela cultura ou regras atuais da sociedade para provar o seu valor e de suas ideias, atitudes, visando construir outras regras e formas de ser, viver e governar nossa terra.
Diante de fraturas históricas muitas vezes a imprudência abre novos caminhos, às vezes nem sempre bons, mas destruir o próprio mundo cria espaços para inovar, mitos se somam a inteligência, vaidades e coragem se misturam e inauguram novas eras. Santos e diabos se desequilibram em seus propósitos, insatisfeitos nos desafiam ao mesmo tempo a nos realizar e inovar.
A subjetividade de seres buscando compreender a época histórica em que vivem geram desencontros, bifurcam e criam novos caminhos . O Ser se escreve na busca de caminhos para abreviar o tempo e reduzir as distâncias, assim criam novas tecnologias, deslegitimam falsos poderes, eliminam estruturas e burocracias que impedem a liberdade, o desenvolvimento e a inovação do ser.
Ao mesmo tempo buscamos atingir as metas e construir o novo pois essa soma expande os horizontes de nosso ser e da Terra que vivemos. Abrimos mão de uma felicidade menor em busca de paraísos que realizem nossas potências, de pequenas satisfações construímos insatisfações que nos movem e nos desafia a seguir indomáveis, sempre em frente, pois é impossível nos satisfazer completamente. Portanto nessa dança da vida temos que estar abertos ao acaso que nos convida a dançar . Aonde esperamos continuidades e controle remoto surge descontinuidades como pandemias, guerras, novas tecnologias e outros acontecimentos.
Sempre foi assim desde o Eden ou do Jardim que era o nome da Escola de Epicuro, suas ideias se propagam ainda hoje em várias ondas em nossa sociedade, provocando abalos estruturais como se fossem furacões em estrutura fixas e dogmáticas que o pensar não dialoga com as mudanças. Outros jardins como Escola de Frankfurt iluminam a consciência crítica necessária a compreender as falsas mudanças que ao invés de libertar aprisionam a nossa capacidade de pensar e transformar a terra que vivemos.
Um dos passos que necessitamos dar em nossa formação como ser humano é desenvolver e expandir esse ser, se possível em direção aos desafios que a terra nos convida a dançar . Esse caminho deve ser seguido pelas Escolas e Universidades pois o atual modelo já não dialoga com o ser e a terra que vivemos necessitando de inovações sistêmicas.
DESAFIO 1 : Vamos começar pelo ser ao invés das coisas ! TER OU SER ? - Erich Fromm.
A nossa experiência social é a maior alguma vez feita no sentido de resolver a questão de se o prazer poderá ou não ser uma resposta satisfatória para o problema da existência humana. Pela primeira vez na História, a satisfação do prazer não constitui apenas o privilégio de uma minoria. Tornou-se acessível a mais de metade da população. Ser egoísta não se relaciona apenas com o meu comportamento mas com o meu caráter. Ou seja : que quero tudo para mim; que me dá prazer possuir e não partilhar; que devo tornar-me ávido, porque, se o meu objetivo é ter, eu sou tanto mais quanto mais tiver; que devo sentir todos os outros como meus adversários: os meus clientes a quem devo iludir, os meus concorrentes a quem devo destruir, os meus trabalhadores que pretendo explorar. Nunca poderei estar satisfeito, porque não existe fim para os meus desejos; devo sentir inveja daqueles que têm mais e receio daqueles que têm menos. Mas tenho de reprimir todos estes sentimentos para poder revelar- me (aos outros e a mim próprio) como o ser humano sorridente, racional, sincero e amável que toda a gente pretende ser.
"A paixão pelo ter conduzirá a uma interminável luta de classes. Na sociedade medieval, como em muitas outras altamente desenvolvidas e também nas sociedades primitivas, o comportamento econômico era determinado pelos princípios éticos. O capitalismo do século XVIII foi sujeito a uma mudança radical: o comportamento econômico foi separado dos valores éticos e humanos. Com efeito, a máquina econômica devia ser uma entidade autônoma, independente das necessidades e desejos do Homem. Foi um sistema que decorreu naturalmente e de acordo com as suas próprias leis. O sofrimento dos trabalhadores, assim como a destruição de um número sempre crescente de pequenas empresas em nome do crescimento de corporações cada vez maiores, foi uma necessidade que, ainda que pudesse ser lamentada, havia que aceitar como o resultado de uma lei natural.
" O desenvolvimento deste sistema econômico não era já determinado pela pergunta: O que é bom para o Homem? Mas por uma outra: O que é bom para o crescimento do sistema?
Numa perspectiva interdisciplinar temos aqui que relacionar Erich Fromm, Amartya Sen e Bruno Latour.
Não é de considerar menos importante um outro fator: a relação das pessoas com a Natureza tornou-se profundamente hostil. Sendo, como somos, «fenômenos da Natureza», existindo dentro dela pelas próprias condições do nosso ser e transcendendo-a pela dádiva da razão, tentamos resolver o problema existencial desistindo da visão messiânica da harmonia entre a Natureza e a Humanidade, optando por conquistá-la, transformá-la, de acordo com os nossos interesses, até que essa conquista se tornou cada vez mais semelhante à destruição. O nosso espírito de conquista e a nossa hostilidade cegaram-nos para os fatos de que as fontes naturais têm os seus limites e podem eventualmente esgotar-se, e de que a Natureza pode voltar-se contra a violação humana.
A Sociedade Industrial despreza a Natureza. Uma nova sociedade só é possível se ao longo do processo do seu desenvolvimento surgir um novo ser humano, ou, em termos mais simples, se uma mudança fundamental ocorrer na estrutura do caráter do Homem contemporâneo. Pela primeira vez na história a sobrevivência física da raça humana depende de uma alteração profunda do coração do Homem. Todavia, essa mudança terá de acompanhar a dimensão das alterações econômicas e sociais ocorridas, capazes de dar ao coração humano uma hipótese de mudar e coragem para o conseguir." Numa cultura em que o objetivo supremo é o TER e ter cada vez mais até parece uma função normal da vida que para viver necessitamos de ter coisas. "TER e SER são dois modos fundamentais de experiência , a energia específica de cada um determina as diferenças entre o caráter dos indivíduos e os vários tipos de caráter social.
A grande diferença entre ser e ter é a que se estabelece entre uma sociedade centrada sobre as pessoas e uma sociedade centrada sobre as coisas.
" Um exemplo simples do modo de existência ser ou estar é referir uma outra manifestação do estar – a da incorporação. Incorporar uma coisa, por exemplo, comendo-a ou bebendo-a, é uma forma arcaica de possuir. Até certo ponto, durante a seu desenvolvimento, todas as crianças têm tendência a levar à boca aquilo que desejam. Esta é a forma infantil de tomar posse, quando o desenvolvimento físico não lhes permite ter outras formas de controlar os seus haveres.
Consumir é uma forma de ter e talvez a mais importante de todas na atual sociedade industrial da abundância. Consumir tem características ambíguas: liberta a ansiedade, dado que aquilo que se tem não nos pode ser retirado; mas ao mesmo tempo exige que se consuma cada vez mais, porque tudo o que se consumiu depressa perde o seu caráter satisfatório. Os modernos consumidores podem identificar-se pela seguinte fórmula: Eu sou igual ao que tenho e ao que consumo."
" O principal motivo pelo qual raramente vemos sinais do modo ser de existência, resulta do fato de vivermos numa sociedade voltada para a aquisição de bens e obtenção de lucros.
Os estudantes que se incluem no modo ter de existência, ouvem uma lição, escutando as palavras e entendendo a sua estrutura lógica e o seu significado. Mas o conteúdo não passou a fazer parte do seu sistema individual de pensamento, enriquecendo-o e ampliando-o.
A memória confiada ao papel é outra forma de alienar a lembrança. O escrever tudo aquilo de que queremos lembrar-nos dá-nos a certeza de ter essa informação e não tentamos gravá-la no cérebro. Estamos seguros da nossa posse; só que, quando acontece perdermos as nossas notas, perdemos igualmente a nossa memória de informações. A capacidade de lembrar abandonou-nos, quando o nosso banco de memórias se tornou uma parte exterior a nós, sob a forma de apontamentos.
Se considerarmos a multidão de informações que na sociedade contemporânea é necessário reter, teremos de considerar que uma certa dose de apontamentos e referências depositadas em livros é inevitável.
Curiosamente alguns indivíduos analfabetos, ou que escrevem pouco, têm memórias, de longe, superiores, aos habitantes instruídos dos países industrializados. Entre outros fatos, isto sugere-nos que a instrução não constitui de forma alguma a tão alardeada benção, principalmente quando é utilizada na leitura de matérias que empobrecem a capacidade de experimentar e de imaginar."
"Durante um diálogo enquanto as pessoas do ter confiam no que possuem , as do ser confiam no que são , de que estão vivas e de que algo de novo irá nascer, se tiverem coragem de se soltar e responder. Tornam-se totalmente vivos durante a conversa, porque não são sufocados pela preocupação ansiosa daquilo que têm. A sua vivacidade é contagiosa e muitas vezes ajuda a outra pessoa a ultrapassar o seu egocentrismo.
O que é verdade para o diálogo é igualmente verdade para a leitura, que é – ou deveria ser – uma conversa entre o autor e o leitor. É claro que na leitura (do mesmo modo que na conversa) é importante quem estamos a ler (ou com quem estamos a falar).
Outra diferença entre os modos de ter e ser encontra-se na forma como é exercida a autoridade.
Antes de entendermos a autoridade nos dois modos, há que reconhecer que «autoridade» é um termo com dois sentidos totalmente diferentes: tanto pode ser «racional», como «irracional». A autoridade «racional» baseia-se na competência e ajuda a pessoa , que com ela aprende, a crescer. A autoridade «irracional» assenta no poder e serve para explorar o indivíduo que a ela está sujeito.
A autoridade segundo o modo ser, assenta, não apenas na competência que o indivíduo possui para executar determinadas tarefas, mas em igual medida, na própria essência de uma personalidade que atingiu um elevado grau de evolução e integração. Tais seres irradiam autoridade e não necessitam de dar ordens, ameaçar ou subornar. São indivíduos altamente desenvolvidos que demonstram, através do que são- e não pelo que dizem ou fazem – tudo o que os seres humanos podem vir a ser."
Ter conhecimento e saber.
"A diferença entre os modos de ter e ser na área do conhecimento é formulada em duas expressões: «eu tenho conhecimento» e « eu sei».Ter conhecimento é tomar posse e manter o conhecimento disponível (informação); Saber é fundamental e serve apenas como um meio durante o processo de pensamento criativo.
O Amor.
O amor tem igualmente dois significados, que dependem de nos referirmos ao modo ter ou ser.
Pode ter-se amor? Para que tal fosse possível, ele teria de ser uma coisa, uma substância passível de ser possuída. A verdade é que não existe essa coisa chamada «amor». «Amor» é uma abstração, talvez uma deusa ou um ser de natureza diferente, embora nunca ninguém o tenha visto. Na verdade existe apenas o ato de amor. Amar é uma atividade criadora. Supõe preocupação com o outro, conhecimento, resposta, afirmação, gosto pela pessoa, a árvore, o quadro ou a idéia que se ama. Implica trazer à vida, aumentar a alegria, dele ou dela. É um processo de auto-renovação e auto-crescimento."
" As normas pelas quais a sociedade se rege, moldam também os traços de caráter social dos seus membros. Numa sociedade industrial eles são: o desejo de adquirir propriedades, de as manter e de as aumentar, ou seja, de extrair delas o lucro, e os proprietários são admirados e invejados como seres superiores. Mas a grande maioria das pessoas não tem qualquer propriedade no sentido de capital e de bens capitais e uma questão intrigante se coloca: como podem tais pessoas satisfazer ou mesmo enfrentar a sua ânsia de aquisição e posse de propriedade, ou como se podem sentir possuidores quando não têm absolutamente nada que lhes permita, neste contexto, referenciarem-se.
É claro que a resposta óbvia é que mesmo os indivíduos pobres em propriedades possuem qualquer coisa, e prendem-se às suas pequenas posses do mesmo modo que os donos do capital se prendem às suas. E tal como eles, os pobres vivem obcecados pelo desejo de preservar o que têm e de o ver aumentado, ainda que uma quantia ínfima (poupando um real aqui , um real ali).
Talvez a maior satisfação não resida tanto na posse de bens materiais quanto na de seres vivos. Numa sociedade patriarcal, até o mais pobre dos homens da classe mais miserável pode ser proprietário, no seu relacionamento com a mulher, os filhos, os animais, em relação aos quais se sente dono absoluto. Quer o objeto que se adquire seja um automóvel, um vestido ou um acessório, após algum tempo de uso, as pessoas cansam-se dele e é mais atraente desfazer-se do «antigo» e comprar o «último modelo». Aquisição posse e uso transitório deitar fora (ou, se possível, troca vantajosa por um modelo melhor) nova aquisição, constituem o ciclo vicioso da compra consumista, e o lema de hoje, poderia ser:«O novo é belo».
Talvez o exemplo mais gritante do fenômeno do consumismo seja o automóvel privado. O nosso tempo merece ser apelidado de «Idade do Automóvel», pois toda a sua economia tem sido construída à volta da sua produção, e toda a nossa vida é, em grande parte, determinada pela subida e descida do mercado de consumo automóvel.
O sentimento de propriedade manifesta-se, igualmente, noutros tipos de relação, por exemplo, para os médicos, dentistas, advogados, patrões, trabalhadores. As pessoas no seu discurso referem-se a eles como «o meu médico», «o meu dentista», «os meus empregados», etc., mas para além da sua atitude de posse em relação aos outros seres humanos, experimentam, igualmente, esta atitude com um número infindável de objetos. Vejamos, por exemplo, a saúde e a doença. Cada um fala da sua saúde com um absoluto sentimento de propriedade, referindo-se às suas doenças, às suas operações, aos seus tratamentos, aos seus medicamentos, às suas dietas. Consideram claramente a saúde e a doença como propriedades.
Ainda que me pareça ter tudo, eu não tenho – na realidade – nada, dado que as minhas posses e o meu controlo sobre um objeto não passam de um momento transitório durante o processo de viver.
Em resumo, a frequência e intensidade do desejo de partilhar, dar e sacrificar não devem surpreender-nos se levarmos em conta as condições de existência da espécie humana. O que é surpreendente é o fato de esta necessidade ter podido ser reprimida ao ponto de fazer dos atos de egoísmo a regra, nas sociedades industriais e de fatos de solidariedade a exceção. Mas, paradoxalmente, este mesmo fenômeno é causado pela necessidade de união. Uma sociedade cujos princípios são a aquisição, o lucro e a propriedade, produz um caráter social orientado para o ter e, uma vez estabelecido o padrão dominante, ninguém quer um marginal ou um proscrito; a fim de evitar este risco, todos se adaptam à maioria, que tem apenas em comum o antagonismo mútuo.
Como consequência desta atitude preponderante de egoísmo, os dirigentes da nossa sociedade acreditam que as pessoas podem ser motivadas apenas pelo incentivo de vantagens materiais, ou seja, através de recompensas e que não reagiram aos apelos da solidariedade e do sacrifício. Portanto, com exceções dos tempos de guerra, estes apelos raramente são feitos, e as hipóteses de observar os possíveis resultados perdem-se por completo.
Apenas uma estrutura sócio-econômica e um quadro da natureza humana radicalmente diferentes poderiam mostrar outra maneira de influenciar positivamente as pessoas. De um pequeno grão de terra a Terra da Sabedoria.
As biografias são escritas com palavras em livros e agora com imagens em séries pela internet mas cada passo foi determinante para se tornarem personagens de nossa história. Compreender como seres se individualizam e se tornam singulares em cada escolha de vida diante dos desafios que a terra impõe é aprender sobre o despertar de uma vida sistêmica que lida com várias dimensões e áreas do ser se tornando única ao transformar a terra que vivemos.
Adoro ler biografias de artistas porque eles produzem obras de arte únicas que não podem ser reduzidas a um aspecto da vida daquele ser. Elas são síntese de escolhas e formas de olhar o mundo. Esse belo que muitas vezes nos deixa triste nem sempre foi produzido pelo bem, muitas vez o mal e o sofrimento produziram arte.
Descobrir que Dostoiévski era Engenheiro, fez política contra o czar, e foi preso na Sibéria me fala muito sobre seus livros. Assim como o Inferno de Dante na política e um amor nunca realizado. Rimbaud cansou de ser poeta e foi caçar diamantes da África assim como Shakespeare ficou rico com suas peças. Nada linear nem científico como nossos currículos e métodos que querem nos educar, repleto de contradições, incertezas, e saltos no escuro sem luz.
Escolhi alguns artistas e estudei suas obras e biografias visando encontrar alguns passos que são essenciais para desenvolvimento e inovação de nosso ser. Muito mais que suas obras foram suas escolhas de vida que nos ensinam muito mais que suas artes. As artes são consequências das vidas sistêmicas, não apenas de suas personalidades, família, educação, contexto social e desafios da época, política, economia, tecnologias, o que faziam para sobreviver, espiritualidade, saúde, relacionamento com a natureza, viagens, artistas que lhe influenciaram e outros. Os temas e as formas como produzem sua artes com técnicas da época mas principalmente inovando, revelam os limites que eles transgrediram para produzir suas singularidades, transformando a própria vida numa obra de arte.
Porém não posso falar em arte sem falar de economia numa visão sistêmica pois elas impactam sobre o desenvolvimento do ser de diversas formas. Alguns economistas brigam entre si mas me ajudam a iluminar o caminho de forma complexa e sistêmica de como a economia pode ajudar a transformar e realizar vidas únicas e não destruí-las ou massifica-las; quase sinônimos.
O pensamento de Amartya Sen começa com o estudo de como alcançar o bem comum a partir da escolha coletiva dos caminhos mas leva a necessidade de recolocar a ética na economia. Essa escolha do Prêmio Nobel de economia nos ensina o desenvolvimento do ser como liberdade que leva de novo a necessidade de dialogar sobre sistemas de justiça como algo que restringe o bem comum e a liberdade da maioria.
Entender a trajetória da pessoa e de seu pensamento nos ensina que a esquizofrenia de John Nash que nos levou a lidar com múltiplos caminhos ao mesmo tempo na economia nascendo a teoria dos jogos, leilões e outros como métodos mais adequados a dinâmica e a complexidade da sociedade que vivemos. Assim como as consequências da primeira guerra foram lições determinantes para Keynes pensar os caminhos que nos levaram a sair da segunda guerra com economias mais humanas e mais democráticas em suas oportunidades e direitos. Porém de que adianta pensar a economia por esses vários caminhos propostos por esses pensadores sem pensar a inovação e destruição no capitalismo e comparar esse sistema com o socialismo como fez Schumpeter.
A economia é múltipla e diversa de acordo com suas tecnologias, mercados, preços, setores, múltiplas relações que ela provoca na sociedade e na política com os governos, empresas, meio ambiente, pessoas e suas respectivas inovações tecnológicas. Reduzi-las a um, dois ou três fatores é negar a compreensão de uma lei da casa e todas as relações com a sobrevivência, fome, miséria, criminalidade, violências, consumo, publicidade e indústria cultural sem a qual ela não sobrevive como conhecemos hoje. Resumindo até a economia precisa de arte para viver e se tornar única. A arte com Dickens e Victor Hugo nos ensinou muito sobre as piores consequências da economia na vida de milhões de pessoas e mudou as leis e o pensar de economistas com novas razões, sentimentos, valores e sonhos nada calculáveis inovando seres e a Terra que vivemos com novos desafios.
Neste encontro entre arte e economia necessitamos de filosofia para compreender como a Escola de Frankfurt necessita da crítica como essencial para o despertar do ser na compreensão de nossa sociedade porque sem criticar nosso ser e nossa sociedade como podemos inovar o ser e a Terra de forma sistêmica ? infelizmente nos tornamos reféns de modelos que nos anulam ou destroem nossas capacidades de criar e imaginar ! É preciso dar outros passos para compreender para onde estamos indo antes mesmo de mudar o caminho porque o despertar tem que ser consciente e mágico, mas isso fica para outro diário quando vamos dialogar com filósofos e educadores sobre uma Educação e uma economia na teia da vida que nos leva as novas formas de governar e a respectiva integração tecnológica, ambiental e espiritual. Os 3 capítulos da minha tese sobre uma inovação sistêmica do ser e da terra. É nos bales da vida em troca de pão que vivemos e escrevemos nossa biografia em busca personagens de uma nova história e de um terra da sabedoria para uma era depois das oligarquias, gangues partidárias e elites que enricam roubando o Estado.
Não era mais os Avengers que ia salvar o mundo. Eles tinham conquistado nosso imaginário e sonhos mas o Tanus sobrevivi no mundo real cada vez mais poderoso. Agora é necessário e urgente pessoas reais com o poder de seus sonhos e atitudes para inovar seu ser e a Terra ao mesmo tempo são Protetores da vida e do amor.
Ele tinha escrito uma distopia que no fim tornar-se Utopia. Uma utopia que nasce com o poder de uma semente de tornar-se árvore e floresta mudando o clima e a civilização. Empreender sonhos de um pequeno grão de terra a Terra da Sabedoria. As inovações emergem no ser e conquistam a Terra. O micro e o macro sempre em sintonia com a frequência de trajetórias de vidas que durante mil dias em pequenas atitudes em várias áreas de sua vida impactam a Terra .
Geramos efeitos borboletas que é uma dependência sensível às condições iniciais dentro da teoria do caos. O bater de asas de uma simples borboleta pode influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um furacão do outro lado do mundo. Um ciclone de mudanças ao seu redor como uma pequena pedra que gera ondas múltiplas no lago.
Um robô que transforma em algoritmos essas palavras enquanto um pequeno grupo de detentos se transforma em crime organizado para liderar o tráfico internacional.
Ele estava escutando a música Severina e lendo uma matéria da BBC sofre um mega assalto a Banco na cidade de Criciúma no Brasil que a Professora da UFC Jânia Aquino nomeava como um novo cangaço.
Do outro lado da Terra uma borboleta venezuelana que passava fome e miséria vai reger uma orquestra em Paris. A inovação em seu ser pelo caminho da música fazia um som diferente das metralhadoras atiradas por jovens pobres sem oportunidades de vidas devido em grande parte a corrupção brasileira.
Afinal o que um corrupto no Brasil tem haver com o poder ditatorial na Venezuela com um jovem no crime organizado e uma bailarina em Paris com uma obra de Tolstoi chamada Ressurreição que eu estava lendo e escrevendo esse blog ? O que tem haver com uma visão sistêmica para inovar seu ser e a Terra ?
É preciso inovações sistêmicas para mudar o que atual sistema produz em nossa sociedade, sem lei e corrupta, como consequências; onde Oligarquias corruptas no Nordeste Brasileiro enviam jovens para o crime por falta de oportunidades e sobrevivem no poder com gangues partidárias como na Venezuela vivendo do Estado. As ideias boas e más sobrevivem mas cabe cada um fazer suas escolhas e caminhos como borboletas de acordo com os diversos impactos que elas provocam em nossas vidas e na Terra que vivemos. Sim você pode alterar sua trajetória de vida e da Terra que vivemos.
A inovação do ser exige atitudes como da jovem venezuelana que apreendeu música para transforma sua vida e a Terra. Ela poderia como infelizmente fazem os ricos e gordos Oligarcas roubar e conseguir o poder e dinheiro a qualquer preço.
Quem sabe um dia as Oligarquias aprendam sobre o verdadeiro poder ao ler Ressurreição de Tolstoi. Muito mais do que o livro é o exemplo do próprio Tolstoi que mudou seu ser de Aristocrata para se transformar no escritor borboleta mudando as trajetórias de vidas de milhares de pessoas e da Terra em que vivemos com palavras e atitudes.
Uma comunidade de pessoas na Rússia resolveu seguir as palavras de Tolstoi em suas vidas tornando se pacifistas e se recusando a obedecer ao Czar para enviar seus jovens a Guerra. Eles entregam suas armas mas sofreram as consequências de expulsão de suas terras. Tolstoi que já tinha abdicado de seu direitos autorais resolve escrever Ressurreição para levantar dinheiro e enviar 10 mil pessoas dessa Comunidade na Rússia para viver no Canadá. Até hoje essa comunidade celebra Tolstoi e a obra Ressurreição pois ressuscitaram da morte provocada pelo poder dos poderosos ainda em vida. Além do exemplo de Tolstoi podemos citar outros como Mank, roterista do filme Cidadão Kane, tirou cem judeus alemãs da guerra para viver nos EUA ou podemos lembrar da lista de Schindler. Nos maiores infernos aprendemos que é sempre possível olhar para bem e o belo inovando nosso ser e mudando a terra que vivemos. Essas borboletas se propagam ate hoje em ondas múltiplas pelo Universo.
É hora de ressuscitar seu ser e inovar na Terra com o poder das palavras e das atitudes.