
- Mariana Alvim*
- Da BBC News Brasil em São Paulo
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, concordou com um plano de paz proposto pelo governo de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.
Ambos mandatários se reuniram nesta segunda-feira (29/09) na Casa Branca.
Trump afirmou que um acordo está "muito próximo".
Mas o grupo palestino Hamas, contra quem Israel está lutando em Gaza, afirmou não ter recebido a proposta formalmente.
Se o Hamas não concordar com o plano, Trump disse que Netanyahu terá o apoio dos EUA para "fazer o que for preciso" para "destruir" o grupo.
O plano proposto pelos EUA tem 20 pontos e inclui um "conselho de paz" para supervisionar sua implementação, liderado por Trump.
Além disso, o plano americano prevê que o Hamas não terá qualquer papel na gestão do território palestino, "direta, indireta ou de qualquer forma".
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O projeto começaria com a parada imediata de ações militares e incluiria o congelamento de linhas de batalha.
O Hamas deporia suas armas, que seriam destruídas. Já Israel manteria um perímetro de segurança.
Os 20 reféns israelenses que acredita-se estarem vivos, além dos restos mortais de mais de duas dúzias que provavelmente perderam a vida no cativeiro em Gaza, seriam libertados em até 72 horas.
Assim que isso acontecer, o plano prevê que Israel liberte centenas de moradores de Gaza detidos. Além disso, "toda a ajuda" seria enviada "imediatamente" a Gaza.
O plano também deixa a porta aberta para a criação de um eventual Estado palestino.
O projeto americano contempla os objetivos de guerra de Israel, disse Netanyahu.
Os objetivos do plano podem ser atingidos "da forma fácil ou difícil", acrescentou o primeiro-ministro israelense, pressionando o Hamas.
De acordo com Trump, vários países, incluindo Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos, contribuíram para o plano.
*Com informações de Brandon Livesay em Nova York e Andre Rhoden-Paul em Londres
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