SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Pag 26- 1968 – Um choque de gerações, mudou o mundo, e com ele nossa vida para sempre e eu não tinha nem nascido.








1968 menos de uma década antes de eu nascer. Um choque de gerações mudou o mundo, e com ele nossa vida para sempre. Esse foi o berço de minha geração e sociedade que gravou em nosso DNA e pele, novas atitudes mesmo que a erupção só venha depois e aos poucos em todas as suas formas e dimensões que assumimos diante a experiência de viver.

Foi a época do Fim da Guerra do Vietnam e de Nixon, do discurso e morte de Marther Luter King, dos jovens que pararam as Universidades, Paris e depois o mundo.Mostrando os quantos podem fazer “contra o enorme rol dos males do mundo... Porem cada vez que um homem defende um ideal , ou age para melhorar a sorte dos outros, ou protesta contra a injustiça, ele transmite uma minúscula onda de esperança e , cruzando-se umas com as outras, de um milhão de diferentes centros de ousadia e energia, essas ondas formam uma corrente que pode derrubar as mais poderosas muralhas da opressão e resistência” como disse Bob kennedy nesta época.

Esta geração rejeitava todas as formas de autoridade, uma época de inocência quase esquisita, aonde muitos jovens começou a freqüentar a universidade como agora no Brasil.Quando várias colisões de pacifistas, ONGS, Sindicatos, jovens se uniram em passeatas de milhares de pessoas. Contra os poderosos entre governos e grandes empresas como a Dow que fabricava o napalm usado contra civis e soldados no Vietnam.

Unidos pelos direitos civis, e a liberdade e igualdade dos negros e das mulheres além da luta pela Independência dos países colonizados. Como a Indochina, Vietnam, Argélia, Nigéria, a luta dos palestinos se popularizou em 1968, e a apartheid na África do sul começa a se tornar insuportável.

Nos EUA, França, Praga, Roma, México, Brasil .. Várias verdades foram enterradas pela juventude. Em 1968 para comemorar o nono aniversário da Revolução Cubana, um mural de 20 metros de altura foi colocado em Cuba com a foto de Che. Moscou começou a queda em sua economia e nos processos que investigaram assassinatos em Massa ordenados por Stalin e a cúpula comunista. A liberdade começou na Iugoslávia com Tito, depois Praga e Romênia começavam a derrubar a cortina de ferro.

Os computadores começavam a se multiplicar pelo mundo, veio a transmissão da TV por satélite, as roupas começaram a encurtar, o futebol a se expandir pelo mundo.
Depois de 1968 o mundo mudou ainda mais e com ele a vida de meus pais, minha infância e vida.

O tempo começava a passar mais rápido, ele exigia que avançássemos com a juventude, pois não sabemos ao certo quanto tempo temos. Não espere o final do meu diário, para ler as ultimas paginas, nem que a Bíblia se encerrasse com o Apocalipse...

A nossa preocupação constante com o fim ou com a morte é um bom sinal para não deixarmos a infância abandonada! Neste período construímos coisas importantes para a autenticidade de nossas vidas. Durante a juventude podemos canalizar, de alguma forma, para que nossa rosa não se cale e aceite o cotidiano como forma de viver.
Também não podemos cair na armadilha de tentar nos apropriarmos do passado e perpetuar a tradição, querendo com elas, impedir o futuro. O livre-arbítrio da infância deve ser animado, entusiasmado com as possibilidades que ele cria, com a liberdade que temos dentro de nós. A mobilidade de nos transformarmos amanhã, a partir da abertura que temos para construir novos significados para a vida.

Não podemos, desde criança, ficar a espera que as estrelas, sol e a lua despenquem do céu. É hora de contemplá-las antes que a morte chegue, quer seja estudando o cosmo ou escrevendo poesias sobre elas. Sendo que para isto acontecer, outros entes precisam cair, como os tronos abusivos de domínio e controle, que procuram determinar o modo das pessoas viverem suas vidas! Os que sustentam estes tronos são os ditos “Neo-Liberais”. Mais com certeza tais tronos cairão, pois o que hoje observamos as catástrofes, a destruição e as transformações não são tão somente acontecimentos conclusivos da história ou o “Fim do Mundo”: são processos contínuos que vão acontecendo todos os dias e não se tratam de “desgraças”, mas sim de conquistas, vitórias e novas etapas da caminhada humana, que mesmo através da dor e da morte, podemos torná-la num resgate à vida. Ninguém domina o ser da vida, segura o impulso de uma criança, a natureza, o amor, portanto, em vez de derrubar o sol, que caiam o egoísmo, o comodismo! É na infância que se aprende a dar as mão e sonharem juntos, celebrando a vida! A juventude começa a protestar em nome destes sonhos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário