SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Pag 31- MANISFESTO 3 – DESVENDAR A HISTÓRIA MATRIX DE UMA HISTÓRIA– O terceiro selo






Ao terminar de escrever o livro.... Finalmente encontrei a Paz de Espírito, pois não preciso de nada para viver. A Sociedade a partir de suas definições que enquadram. Não mais me defini. Recuso-me a adaptar, pois suas cobranças não me importam. O principal instrumento de sua ação, a capacidade de vigiar e punir para estabelecer as suas relações de Poder, não mais atuam sobre mim. Porque reconheço suas intenções claras por trás de máscaras que escondem Ideologias... E por trás dessas ideologias, um Sistema de Crenças... que dá diretrizes para que a nossa Razão e Linguagem sejam instrumentos de realização desta Crença ou valor; criados pela Sociedade em nome de seus “deuses”, os valores; como por exemplo a Utilidade, a Vaidade, a Fé, o Poder, o Consumo.


É, finalmente, encontrei a Paz de Espírito, pois não preciso de nada para viver e assim posso fazer tudo. Do nada, para Ser sem tornar qualquer coisa que eu faça, um objeto que seguirei como Deus ou Doença. É deste Ser que surge do Nada que encontramos a pureza de seguir a um só Deus que nos dá vida. E negar os Deuses e Doenças impostas pela sociedade, e que traduzam as suas relações de poder. Alimentadas pelos mitos que uma crença produz.

E que uma Determinada Sociedade chama estes mitos de Razão e nega qualquer Sistema de Crenças que desmistifique seus Deuses e não aceite as suas doenças!

Porém não me considero acima de qualquer lei ou da Sociedade, não me considero “Deus”, como outrora eram os objetos que Seguia. Não defino a minha lei através da Razão que permite ou justifica tudo aquilo que queremos porque não dou legitimidade ao “Irracional ou inconsciente”. Eles não fazem parte do meu Sistema de Crenças. Alegar a irracionalidade é permitir, justificar e aceitar o Homem como Deus ou Doença, pois não há limites que definam o irracional ou o inconsciente. E sem limites, o irracional torna-se um componente ideológico somado a incerteza, que criam cenários propícios para que uns poucos instrumentos de dominação controlem o mundo como é hoje o mercado financeiro. Afinal ninguém pode contrapor um “Deus”, quando um Sistema de Crenças, uma ideologia mesmo irracional o justifica. Mesmo quando os enormes cataclismos provocados por ele beneficiam poucos, que reduzem o valor do trabalho a nada, e realizam holocaustos com os Desempregados que sucumbem a concentração de renda e Tecnologia de mãos dadas operando seus aumentos de capital via as sete vidas dos ativos do mercado financeiro.

Da mesma forma que o Irracional não faz parte do meu Sistema de Crenças. Não faz uma ética que é definida externamente por outros, pela Sociedade. Porque, quando isto acontece normalmente, esta Sociedade gira em torno da falta de coerência entre o Pensamento e a Ação. 

Já que esta, ao ser imposta aos indivíduos, estes não enfrentam os conflitos necessários para lidar com seus problemas e tomarem suas decisões, fundamentando a sua Ética. Os Homens são punidos, e infantilizados para que as Relações de Poder se apropriem de sua alma, de suas crenças.E quando estes homens percebem o Conflito, eles param e assumem a postura do não-conflito para garantir a “Sobrevivência” de uma Sociedade. E a sua! Quando na verdade só garante a dominação de uns poucos sobre muitos! Muitos que assumem uma ética, a paz sem conflitos, em nome de Deuses distantes, que não reportam a um Sistema de crenças, que através da experiência deveria, Ser, ao enfrentar os conflitos, Ser construído Racionalmente. O que permite que a velha e já desgastada Ideologia, que separa Razão e Sentimentos, ainda sobreviva. Esta ideologia castra do homem em sua ação, todos os seus Sentimentos, aquilo através do qual ele demonstra o Sentido, os valores, as crenças que sua atitude pretende realizar. Crenças, as quais a Razão deveria Ser um instrumento para realizá-las, ou um caminho que posso percorrer em sentido contrário, buscando as suas origens, as suas crenças. É olhando para as suas conseqüências, ou seja a Razão, como resultado de um processo de construção ou desconstrução do Ser, que podemos retornar ao Nada! É através das escolhas culturais que fazemos na vida, consolidadas pela experiência, que erguemos o alicerce do nosso Sistema de Crenças. O caminho da Interdisciplinariedade pode trazer à tona a origem da Razão, pois, ao escolhermos nosso objeto de estudo, dentro de condições históricas, definimos as relações de poder que vão ser travadas através deles. Portanto são esses Saberes que adquiriram importância em sua época, e o seu surgimento demonstra a necessidade de determinada Sociedade controlar alguns campos “Inexplicáveis”. Dependerá, como em toda Sociedade, das forças políticas em dominar ou não o inexplicável, o irracional, a razão, a incerteza, isto, lógico, de acordo com os interesses. As crenças transformadas em Razão para justificar, inclusive uma guerra, às distorções do mercado financeiro, o terrorismo.
Em casos de Domínio completo da Sociedade, por poucas Instituições que compartilham do mesmo Sistema de Crenças. Saímos, neste caso do mundo da Razão para entrar no mundo do Dogma, aonde a linguagem religiosa domina, e aonde a Razão deixa de Ser instrumento de uma crença, um valor, para Ser a própria explicação, o dogma, a revelação, a verdade absoluta que esconde os “Deuses” que a criaram e a Natureza - Relações de Poder que eles divinizaram. Assim são as empresas que utilizam a linguagem religiosa para “motivar” seus funcionários, como hinos casados com programas de Qualidade Total, físicos que utilizam a física quântica para explicar o Ser Humano... Entre outros exemplos.

Os nossos Saberes determinam, dentro do contexto do mundo moderno , o grau (dimensão) do objeto que estudamos, para vermos só aquilo que podemos e interessa enxergar. E a partir de nossas crenças atribuímos valor a ela, necessariamente medido no mundo moderno através do grau de importância perante outros valores, que ele se coloca como Submisso ou Superior. 

Deuses surgem e passam a comandar a Sociedade. E este “Deus” trata de controlar, planejando a Razão e a Linguagem que é permitido estabelecer uma comunicação nesta Sociedade. Desenvolve uma grade curricular que deve ser apreendida e vivida pelas instituições que a comandam. Pois este valor é o “único” que garante a “Sobrevivência” desta, e a paz sem conflitos; e assim ficamos presos dentro de um modelo de Sociedade que nos define e perdemos o Ser que nós somos!

Ser atemporal, pois é formado de essência e não reporta a um único valor e sua respectiva razão e linguagem. Seu sistema de crenças é formado por diversos valores sem graus de superioridade entre eles. Porém eles deveriam ser mediados em cada momento da existência humana, pela igualdade de direitos e deveres, a Justiça! E que deve ser alcançada pela humanidade, já que não há ninguém que prove que uma vida é mais importante que a outra. A sua razão é feita também por sentimentos, a sua ética é construída internamente.

Só o seu único Deus, que lhe garante a paz de espírito, a alegria e o amor é que sintetiza estes valores que dão ao mundo, ao Ser, a vida, a estas formas, conteúdo. Portanto, são através dele e por ele, origem da vida, do mundo, e do ser! Não estranhem estarmos falando em linguagem religiosa, esta é uma dimensão do ser fundamental para construção de suas crenças e de sua existência. Aqui, a linguagem religiosa não é utilizada indevidamente para transpor os limites de outras linguagens, como citadas em exemplos anteriores. Aqui nos reportamos a essência da linguagem religiosa, que é a crença em um Deus não-humano superior a você, e que através da relação entre a vida e a morte, atua como dimensão mediadora que busca a sabedoria, não no sentido culto, e que é um valor essencial para o ser humano encontrar a paz de espírito, e compreender a vida e a morte.

É a busca pelo ser, a preocupação essencial desse livro. E tentamos estabelecer um caminho que nos leve a encontrar você, já que nós, humanidade, apesar de possuirmos enormes diferenças, possuímos também dimensões em comum, o que traduzo por essências, que a partir de experiências buscamos vivenciá-las e comunicá-las através de nossa razão e linguagem! O amor, o prazer são Dimensões essenciais para qualquer Ser Humano. Como também, o Trabalho, a Política, as Artes, a Educação, e a Religião. Em cada uma dessas experiências, vivenciamos essências que constroem o Ser, a partir das crenças ou valores que nelas estão inseridos.
Por exemplo, o Trabalho visa, sobretudo a garantia da Sobrevivência. A Utilidade, valor que constrói a realidade e que faz parte da essência de qualquer Ser Humano. E que ao viver a experiência do Trabalho, compreendo que o Mundo não daria para viver só de Artes, Educação ou Religião. O que parece absurdo, muitos através da experiência de sua vida acredita nisto, pois, ao considerar a divisão de papéis na Sociedade Moderna, esquecem de lembrar que para existência dos Homens de Ouro, deve existir os Homens de Bronze, que arcam com o valor da Utilidade, e da Sobrevivência dos “ouros”. 


É um grande passo para incoerência entre Pensamento e Ação, porque normalmente são esses que pregam a Libertação do Homem, quer seja através da Ciência, das Artes ou da Religião. Não acho que seja Utopia que cada Ser Humano contribua com a Produção, não necessariamente com as mãos, mas primordialmente vivencie a Utilidade, e exija a sua participação no Capital, de preferência via redes de cooperação, aonde a comunidade vivencia os laços do cotidiano mais fundamental. E de preferência não deixe que a sua renda, em sua grande parte, viaje para outros países. Pelos menos as suas necessidades básicas, que comportam 80% de nossa Renda, deveria ser atendida por empresas de nossa região, garantindo poupança, emprego e distribuição de renda num “mundo global”. O famoso mercado interno.

Sabemos que o trabalho e sua respectiva Utilidade são comunicados pela Linguagem Científica e Política, em sua grande maioria. Assim, continuamos nossa caminhada em busca do Ser, de suas essências, das dimensões de suas experiências, de suas respectivas Razões e Linguagens, enfim de suas Crenças ou Valores. Já falamos da Dimensão do Trabalho! Para facilitar a apresentação do Sistema através do qual buscamos vivenciar o Ser, utilizaremos um Raciocínio que contempla três valores essenciais que fundamentam este Ser: a Sabedoria, a Coragem, o Amor. O Sistema contempla como alcançar estes valores através da Dimensão da Experiência, que nos leva a viver as Suas essências, e a compreender o Ser. Um Ser que vivencia as diversas Dimensões Humanas, afinal a Dimensão Política não pertence aos políticos, e seria bem melhor se cada um de nós fizesse os seus protestos e tomasse suas decisões na Sociedade através da Democracia Direta que a Informática já permite, ao invés de alguém representar em seu nome algo que você não quer. Nem a Dimensão Educação pertence aos Educadores, cada Ser Humano deveria ter a Responsabilidade de investigar o seu próprio caminho, o que Matthew Lipman já realiza nos USA através das Comunidades de Investigação, uma das três ações educacionais pioneiras apresentadas na série da BBC, Transformers. Nem a Dimensão da Arte pertence aos Artistas, devemos contemplar a obra de todos, mas não podemos perder a oportunidade de viver a criação de uma obra de arte, pois se trata de um encontro único com a Transcendência. Assim, também, é viver o Sentido da Dimensão do Amor, que é estar com outros por pura vontade, desejo e sentimento. Sentir na Dimensão da Religião o seu encontro direto com Deus, sem Intermediários, sem palavras decoradas e repetidas, não como os Gentios. Todas estas dimensões são expressões de um só Ser Humano, que deve vivê-las em toda a sua Intensidade. Assim, poderá unir a Busca da Sabedoria, que se dá na Educação e na Religião. O que o Homem pode conhecer por ele e o que pode buscar só através de Deus. Unir esta Sabedoria à Coragem que se realiza no trabalho e na Política, aonde o homem constrói tentando vencer os limites impostos pela realidade, ou na Arte aonde não há limites para o homem criar e mostrar com coragem a sua busca para o mundo. Na Política compartilhar objetivos e a coragem que expressa e convence, de que maneira podemos atribuir a estas construções do trabalho, da Política e da Arte um propósito. E por fim se isso desembocará no Amor, que traz consigo o prazer do outro, ou no prazer egoísta que dividimos com os objetos.
Construímos este Sistema contando a História de um Ser e de suas Linguagens, Dimensões da Experiência e seus valores. Cada palavra representa uma linguagem. E, para formar uma frase, todas as linguagens estarão representadas porque elas se unem no Ser. A Linguagem científica que racionaliza a Utilidade e as experiências, frutos das pesquisas e testes. A Linguagem Política que racionaliza a igualdade em suas formas inacabadas como a igualdade de oportunidades, como já dissemos: se alguém provar que uma vida é mais importante que outra, reinstalaremos a Monarquia, ou os Faraós. Portanto a igualdade da vida , a mesma chance, deve fundar direitos e deveres que garantam a Igualdade de oportunidades. A Linguagem Filosófica que racionaliza a busca da Liberdade pelo Ser. A Linguagem Artística que metaforiza os conhecimentos, Sentimentos, o Amor e suas variações. E a Linguagem Religiosa que racionaliza a Fé, através de Crenças ou Valores. E assim o Livro, através de suas linguagens, conta a História de um Ser!

O nosso Ser tem um mundo interior e, ao mesmo tempo, exterior a descobrir, a Revelar, a Ver para Crer ou Crer para Ver?

Ideologia é um óculos que determina o grau do que vemos, e apenas uma Dimensão que enxergamos. Os nossos óculos não têm ainda capacidade ótica de perceber todas as Dimensões porque ele prioriza uma, com a qual queremos explicar o mundo, e definir os lugares de todo mundo segundo a ordem (grau) que lhe atribuímos dentro do nosso Sistema de Crenças. E por esta Razão, temos hoje moldado o mundo desta maneira, através de espaços, instituições que reverenciam um Valor e do qual atribui Sentidos para a vida dos que lá vivem a sua existência. 

E lógico criar uma Razão e Linguagem para comunicar-se entre eles. Assim são as Empresas, que querem dar Utilidade a todo mundo, e já tem a Educação como sua Refém no mundo moderno, ou melhor, como Testemunha. Tirando-lhe o valor da Sabedoria, quando lhe reduz à Técnica. A Qualidade Total, Reengenharia já são palavras apropriadas por outras instituições de outras Dimensões. Uma outra vertente deste fenômeno pós-moderno é que a palavra Revolução, Reforma e Articulação perdem o seu conteúdo político de luta pelas igualdade, para servir à Ideologia da Utilidade.

É o fenômeno pós-moderno que reverencia o Deus-Utilidade e inverte o sentido de linguagem religiosa, como já dissemos, cantando Hinos de Louvor a empresas e seus fundadores como nos Programas de Qualidade Total. No ano 2008, o valor que comanda o movimento ético de nossa Sociedade é a Utilidade que cada agente atuante quer dar ao mundo, como Deus. Não se trata mais da vertente do Trabalho, enquanto Sobrevivência, mas enquanto Utilidade que atende a poucos que exigem cada vez mais para atender seus sonhos de consumo, como bem expressa a Era da Teleinfocomputrônica, da colonização dos Planetas, do Desmatamento da Natureza e da Humanidade em nome de uma Ética que utiliza todos os meios políticos, religiosos, científicos para atender as Suas Necessidades, das utilidades de Marte a Fibras Óticas? Para que? 

Esqueceram de responder! Porém já houve momentos aonde a Sabedoria era a Crença que comandava o movimento ético de Sua Sociedade, em algumas aldeias, como na Grécia! Na idéia Média a religião comandou todas as outras dimensões políticas, educação, arte...Depois veio a industrialização, a utilidade assume seu lugar e talvez agora estejamos vivendo para uma sociedade comandada pelo conhecimento. Um dia sonho com o encontro entre elas, nas comunidades onde vivemos, gerando desenvolvimento local, ao empreender os sonhos das pessoas formando uma Terra da Sabedoria.

É importante notar que as atitudes que são tomadas pelos diversos agentes da Sociedade: Políticos, Educadores, Artistas, empresários ao que acontece no mundo não se dá no sentido de ampliar a Visão e a Dimensão do Ser, e assim poder compreender a importância da essência de cada uma para o Ser e para Humanidade.

O que se vê é uma Ideologia querendo dominar as outras, enfraquecendo-as e abrindo cada vez mais espaço para Utilidade. A Economia, que, hoje, comanda sozinha as diretrizes da Sobrevivência. Em vários momentos da História, a Religião quis eliminar a Ciência e vice-versa. A Política baniu a Religião nos países socialistas, castrando os Seres Humanos de uma de suas essências vitais. Talvez por isso lá a igualdade só era garantida por uma ética imposta exteriormente, vigiada e punida pela Polícia. Quando o poder desta polícia enfraqueceu, com a Perestroika de Gorbachev, o Ser libertou-se. O muro de Berlim caiu. Mas assim também é o papel da polícia na ética do capitalismo, se não fosse a Política e Polícia, o Ser pegaria o que lhe pertence por Direito. Porém se esta Polícia se enfraquece, os Muros das Mansões de Nova York se unificariam com o Broonklin. E a parte Ocidental e Oriental de cada país deverá ser reunificada como era antes que o capitalismo isolasse áreas de pobreza, aonde a miséria é Socializada, e o estado responsabilizado. De crise em crise é hora de despertar...

Portanto em vez de os artistas quererem comandar o mundo vencendo a Utilidade, deveriam, como fizeram Shakespeare, Goethe... Tratar todas as Dimensões Humanas em sua obra. Mais o quanto difícil hoje é escrever um bom livro, produzir um bom filme! Não que faltem talentos, sobram... Porém o Artista para viver precisa produzir sua obra de arte, em tempo hábil, para não morrer de fome. Sacrificando a sua obra, pois não possui outras formas, e a sua Sobrevivência depende de outros. Se pudesse contribuir com a Produção, além da oportunidade de conviver com o cotidiano que a Utilidade nos obriga, entenderia com propriedade Kafka. E sua obra enxergaria o mundo com os olhos da vida como Skpkespeare, Goethe...
Como sabemos a Arte, além de produzir Sonhos, sentimentos deveriam ter nos artistas também as capacidades de criar novas realidades, não apenas como ficção. Para isto precisamos da Dimensão Política, da Utilidade, e contemplar na obra, as linguagens que o Ser em comum as produz! E como através da Política, tornar os sonhos arte em realidade.

Mas antes disso é preciso Ver para Crer ou Crer para Ver? Como posso ver se não enxergo? Se para ver é preciso que os olhos interpretem, atribuam sentido focando suas escolhas. E se essa escolha não é o Ser, temos a Miopia dos Deuses e Doenças que seguiremos como realidade, construindo assim de acordo com estas visões! Muitos hoje não vêem alternativa de mudança para melhorar o mundo. Mas o fato é que ela existe desde que possamos enxergar! E é claro, é preciso ter fé em nossas crenças para que Isaac não seja sacrificado, pois a fé de Abraão o salvou.

Você sacrificaria o seu filho, a pedido de Deus? A fé de Abraão está sedimentada no amor, mas além disto e por isto ela é racional, afinal quem racionalmente enfrentaria uma decisão de Deus? Só alguns homens modernos que por excesso de vaidade e da “Razão” Superior acham que são Deuses, e eles mesmos ordenam e sacrifica seu Isaac, seus filhos, a juventude! 

Simplesmente porque querem ver Deus para crer! Um egoísta não enxergará, a doação da vida do filho de Deus, o sacrifício de Jesus, aonde Deus reafirma a sua coerência entre Pensamento e Ação, pois perde a fé nos homens e deixa que matem seu filho. Este pede ao pai para renovar o compromisso com os homens, nas bases do amor. E hoje, os próprios homens destroem o amor pelo prazer dos objetos, e criam um novo juízo final não divino, mas humano, que joga milhões de pessoas sem emprego, sem comida, sem lar, sem terra, sem amor, em um juízo final do qual só podem esperar por Deus, pela Salvação, pois o Juízo Final já chegou.

E acredito que não haverá um outro compromisso, do filho do filho, pois sem fé e sem amor, qual seria a nova base da aliança que ele estabeleceria com a humanidade? As essências ficaram para trás na História, mas ainda vivem dentro do Ser! Por isto, por mais que Deus hoje venha à terra, o homem não o verá porque não crer! Portanto é preciso Crer para Ver!

Portanto a humanidade é uma oportunidade de não perder tempo, com aquilo que já sabemos, que a História nos ensina.Procurar ver o que as palavras trazem de conteúdo histórico, que ideologias tentam disciplinar nossa Razão. Por exemplo como já observou Foucault, a loucura não existe, é uma palavra que temos que extinguir, pois assim como mesa, louco já tem forma, função e conteúdo pré- determinado em uma sociedade técnica. Aonde mesa e louco são interpretados como palavras pré-definidas. Sem conteúdo filosófico, político e histórico. E é válido lembrar que até as mesas mudam com a moda! Menos os loucos. É esta função de uma linguagem, perante uma Ideologia ser instrumento da Razão e da Lógica de uma Crença. É isto que temos que relevar, a história da Crença, a história de uma história escondida atrás de cada palavra. A matrix, e destruir o anel do poder que nos prende . Nós queremos nos libertar !
E reconstruir os sentidos das palavras de acordo com as nossas crenças. Em minhas orações tenho redefinido a vaidade, que gostaria de compartilhar com você. Normalmente o mundo tira o conteúdo para vaidade de outros lugares, eu prefiro fazer dela uma homenagem a Deus.

Pai, não há P.H.D. nem Nobel no mundo que supere a vaidade de entender um pouco de sua Sabedoria.
Pai, não há dinheiro ou palácio no mundo que supere a vaidade de conviver um pouco com o luxo de sua Natureza.
Pai, não há Diversão no mundo maior que brincar um pouco com meu filho, que o Senhor me Deu.
Pai, não há Presidente dos U.S.A. ou de multinacional que tenha mais poder no mundo que um pouco de poder que o Senhor me dá, através da paz de espírito, que me liberta de qualquer poder deste mundo.


Portanto, ao usar qualquer palavra, que eu não procure fundamentar minha crença, (e por isso desculpem o excesso de fundamentação no livro) reproduzo mesmo sem querer, aos olhares dos que ouvem com seu conteúdo, (olhares que vêem a sua Ideologia) reproduzo as relações de dominação desta Sociedade.

Preciso portanto fundamentar palavras, para recriá-las, para reconstruir Sentidos, que libertem o Ser.

Primeiro devemos procurar viver estas palavras de acordo com os sentidos que as instituições lhe atribuíam: Polícia, Estado, Universidade, Partidos, Empresas, Igrejas. Acreditei ingenuamente em suas ideologias, mas ao conviver com todas pude perceber o Ser e suas variações nestas Instituições, e fui em busca da pesquisa teórica para fundamentar melhor o que a experiência mostrou-me como luz. Ao perceber o valor do fenômeno e da existência, busquei os existencialistas e fenomenologistas, a ver uma luz na linguagem, encontrei a mesma luz em Heiddeger e Vigostisky aprofundei a tonalidade histórica desta palavra. Ao perceber a política como valores, pude ver Bobbio, que como político e teórico fala sobre isto. Ao desconfiar da Psicologia. Desconfiei mais ainda, e com profundidade, graças a Foucault.Tive que ler muito para encontrá-los, travar diversas experiências, mas pude identificar, pela experiência, algumas idéias que despertaram mais luz, e, cada vez mais, estava assim de fato, agora, nascendo para o mundo, tratava de uma gênese! Tive meus períodos de êxodo, fugindo de faraós que queriam impor sua ideologia, fui morto por alguns, mas o Ser que me torna humano, reagia, ressuscitava, porque com meu Pai sempre renova o compromisso desde criança, de servir a ele, o que me dá o direito de uma nova gênese!

Sempre escrevi essas mesmas palavras dez vezes, e rasgava o papel, devo tê-las pensadas umas cem vezes, mas acredito nelas 1000 vezes na busca de expressar o Ser e suas Dimensões, atuando conjuntamente para transformar a realidade.

Vivi dimensões através das quais percebemos e sentimos a presença do outro, sentimos o nosso interior e de que forma ele se relaciona com o outro. A partir deste momento, não são as externalidades da Sociedade que nos definem, mas somos nós que definimos aquilo que somos. Não mais a partir de um conceito que define e restringe, mas através de uma projeção do Ser que buscamos. E que definitivamente ela não está apenas em nós.

E surge a pergunta... Como nos libertaremos dos Deuses-objetos, da grade curricular que nos prende em Ideologias? A ponto de não reconhecermos mais em nós o Ser, o Criador que deu origem a este Frankstein, criatura perfeita que criamos para conviver com a sociedade. É que tão bem sabemos. Não fica como o figurino manda e se revolta contra o Criador, perseguindo-o, pois está sozinho (não é a Solidão, o Mal do Século). E um mundo de Franksteins, as cirurgias expostas em seus corpos o deixam intranqüilos das operações que fizeram. Temos que tirar os pontos da cirurgia, tentar recuperar o Ser, retornar às nossas crenças, e reconstruir nossa Razão! A quem reporta hoje este homem dividido e controlado por Instituições que vigiam e punem? Com certeza não é a ele, ao seu Ser! Por isso a coragem é o valor que hoje mais necessitamos, se possível coletivamente, já que a maioria, feita de jovens, é a maior prejudicada com o mundo que vive, que dizem ser o mundo da liberdade. Tratarei de questões elementares para testar a nossa Sociedade! Se hoje um grupo de pessoas pobres pegasse uma área do Sertão para reerguer Canudos criando a sua própria comunidade, e não aceitar a cobrança de impostos, o que aconteceria? A barbárie é coisa do passado? Você é livre para não pagá-los ou Antonio Conselheiro traz consigo esta revolta do qual teve a coragem de enfrentar o Estado e a Sociedade. Mas assim ele foi considerado “Louco”, como todos são aqueles que reclamam de impostos, da diminuição do Estado, do mercado livre sem Estado, como Canudos! Podem ser considerados Antônios Conselheiros os liberais? E as operações de Frankstein produzem mais absurdos. 02 faces do mesmo lado de uma moeda!

É senhor, o filme de Canudos é contemporâneo, só que fazemos como Forrest Gump, corremos o filme todo sem nos darmos conta dos grandes acontecimentos, o qual somos vítimas da arte e da realidade. Pois quando a sociedade cria o espaço da arte, longe da realidade de nossas vidas, acabam controlando o local reservado para pensar e Emocionar-se que são as salas de cinema, as mesas onde lemos, a TV... Não o trabalho, a Educação, a Política... Tiram de nós a Arte e a Realidade, pois elas só existem convivendo juntas, na cidade, para que a Arte torne-se Realidade, Verdade não só minha, mas de muitos que acreditam nos mesmos Sonhos, poderiam ter emoções juntos. Você e o outro ao descobrir as Dimensões de suas vidas que compõe a realidade. E quantas vezes este caminho será alcançado pela Humanidade?

Quando pelo menos um quebrar os Deuses-objetos e ir além tentando encontrar respostas para a questão essencial, o Ser! A Igualdade de oportunidades com certeza facilitará este caminho para a Humanidade. Em vários momentos da História, observamos Nações, empresas e pessoas se destacaram, enriqueceram porque possuíam igualdade de oportunidades, como crença central para suas Tomadas de Decisões e não o Assistencialismo, que só tornam os homens mais desiguais em suas oportunidades. É lógico que o Assistencialismo é mais fácil fazer porque não envolve ruptura de política, tira aos poucos do espírito a coragem de fazer, de uma vez a ruptura! Ao tentar salvar uma estrela do mar, não podemos esquecer quantas morrem na praia, por falta de uma postura política com mais coragem nos diversos ambientes que ocupamos!

Por isso um dos valores primordiais que compõem meu Sistema de Crenças é a Igualdade. Em primeiro momento a igualdade de oportunidades, similar caminho dos que lutam por Liberdade. Só que essa igualdade de oportunidades não será alcançada pelo tipo de Sociedade Hipócrita que Construímos, aonde as Instituições que a compõe não trava a independência de poderes e a fiscalização, mas apenas o enquadramento técnico sem uma crítica filosófica e política dos interesses que permitem vigiar, punir, controlar, dominar, apaziguar, Não Ser, em nome de quantos? A revelia de uma maioria.

Em nome da promessa a essa maioria da igualdade de oportunidades, e historicamente apesar da tecnologia, do Iluminismo, é a concentração de renda que aumenta, e a miséria é distribuída. As Oportunidades? Só aquelas exceções que são trabalhadas como regra, só os pontos referenciais que são apresentados como regras, mas só invertem as estatísticas sociais para escolher e definir, através de seus números, as prioridades do governo. Estatísticas que já são ruins em números, muito pior seria aprofundar a dor de cada um que é somado, talvez assim os Governos, em seus lugares, entenderiam porque a ideologia que falam (déficit, câmbio, globalização) só aprofunda o terror ao seu redor, estas explicações não justificam a dor! O Governo insiste em trabalhar na lógica Assistência que gera Submissão, suas economias não crescem, sua educação não melhora, a saúde piora... e não se sabe por que? Porque o coração precisa bater, mesmo dentro do Capitalismo.

O Capitalismo, onde a renda é Liberdade e Programas Sociais são como alimentar prisioneiros para que não chorem a noite, para não perturbar o sono e consciência dos que financiam estes programas. Pilares de solidariedade, que a maioria das vezes não tem uma ação política ativa. Criam todo dia mais trabalho para amanhã, e, assim, tem sido nos últimos anos. Além de garantir mais uma edição para os Intocáveis; estes aplaudem, premiam, elegem e sorteiam 1%, que nunca será 50%.

Portanto não é um livro que clama por Assistencialismo, ou por qualquer outra forma de inutilizar o Ser Humano. Não é em nome da Dependência ou de tratar Homens como Animais. Nem trata-se de Utopia ou Idealismo, pois não tenho a opção de deixar de acreditar no homem, ou ser incoerente entre o que penso e faço! Se isto chamam de Idealismo ou Utopia, tenho a convicção de buscar este caminho e a co-responsabilidade perante os que acreditam nesta forma de ver o mundo! E construir o que é possível ser colocado em prática, desde que possamos agregar pessoas que tenham habilidade técnica para os projetos que poderiam dar suporte a este modelo, como um Desenvolvimento Econômico ou Educacional. Além desta, ter habilidade política para inserir estes novos conceitos na cultura, desenvolvendo com ela a habilidade conceitual para criar novos microcosmos de sociedade, capazes de influenciar a formação de outros. E assim estaremos plantando Raízes, sem metamorfoses ou clones em seu lugar. Não é um livro em nome de um meio-termo que ganha espaço a medida que o meio utiliza pontos de referência, que ocultam as raízes de nossos problemas e, assim, nos torna medíocres. A guerra da Independência dos USA, a Unificação da Alemanha, A Revolução russa e a francesa não foram feitas por homens meio-termo ou centro, dentro do contexto da época. O centro é um fenômeno moderno que carrega as contradições de sua época como fiel representante. O meio-termo, que se coloca como analista de sua sociedade, é o mais rápido em entendê-la e o mais devagar em mudá-la, pois sem compromisso com raízes, espera que uma planta, no decorrer de seu curso, sofra uma metamorfose. Ele olha para ela com um olhar de pai de clones e a medida que a velocidade das contradições aumenta, eles se tornam cada vez mais objetos das relações de poder. Estas Sociedades precisam de seus bobos da corte, ora para que todos sorriam, ora para falar algumas verdades e depois pedir desculpas. Não é um bobo Shakespeare, que conta a história. Os bobos de hoje ainda são cínicos como todo pop-star, vivem num circo e em seus shows, as suas palavras funcionam como ópio e diversão; iludem e maltratam o homem como Ser!
Porque não há liberdade sem Sabedoria, não há Igualdade sem Amor, nem Fraternidade sem Coragem. É o nosso caminho através do Homem e não da Sociedade. Não o homem meio-termo de pensamento e ação contraditórios, de crenças sem coragem. É seres que buscam a sua essência, e que suas crenças constroem as Utopias que se realizam.E que as religiões enfraquecem quando se coloca como intermediária, mistificando o que é a possibilidade de um contato com o seu Deus Absoluto, e a constante reafirmação de suas crenças. São protetores da vida, do mundo e do amor.
Hoje são “loucos” e “radicais” os que defendem suas crenças em sua essência. Mas quando os intermediários de uma crença como um padre, um juiz ou um político toma uma decisão como esta é banido do sistema, porque é colocada em questão a razão de sua existência. E quebrar esta razão é mexer com o pilar de uma Ideologia; mas estes pilares estão caindo com uma velocidade nunca vista.
Se outrora não estávamos, hoje estamos em busca da essência, chega de tantas máscaras, Franksteins, que falam promessas medíocres para homens médios, de meio termo, que de fato só existem em estatísticas. O ser luta pela igualdade de oportunidades! Ser que é a grandeza de qualquer homem e premissa para construção de uma Sociedade que não se erguerá em alicerces podres como a nossa. Sujeita a todo tipo de Deuses, inclusive de Deuses que matam milhões de fome, alegando zerar o déficit. É o déficit, a tecnologia, o desemprego, a equação que concentra renda em nome de alguns Deuses que trabalham em nome de outros.
Nunca foi tão urgente e necessário entender estes Deuses, desmistificar sua Razão e suas linguagens. Mostrar suas crenças, e ver como elas se sustentam. Mas isso de nada adianta se não tivermos Fé para salvar a juventude, raízes que ainda lutam para não sofrer metamorfoses, porém reagindo com a violência, o ócio e a apatia. É hora de dar oportunidade para que estes descubram estes Deuses, e assim encontrem o Deus que nos dá a vida, o Ser e o Mundo. Pois para buscarmos as nossas essências, crenças, temos que, ao desmistificar estes Deuses, abandoná-las e retornar ao Nada. E lembrar que o Nada preenche o Nada! Se Deus está em Tudo, ele também é o Nada, aonde só existem as essências sem construção, sem Ser. E, portanto, Deus é o Nada que possibilita ver a sua Totalidade, oportunidade de reencontrar o Nada de onde surge o Ser! Só assim veremos que não precisamos de Nada, para encontrar a Deus!
Quanto mais pessoas encontrarem e se livrarem dos Deuses que seguem, mas longe estaremos do Apocalipse e próximos da juventude que tem no coração a Coragem que ilumina a sua vida, e a possibilidade de encontrar a Tudo, e Tudo encontrar a Deus.
A Pureza que cria e reencontra a si mesma, fazendo de tudo um caminho para Deus. Encarar o Nada de frente, em nada se apoiar é a maior prova de que Deus existe e o caminho aonde encontrará o Seu ser, as suas essências que o realizam, e garantem Paz de espírito.
Pois o Apocalipse é um todo despedaçado no Ser Humano que pode explicar a tudo menos a si, e, portanto não lhe garante Paz de Espírito. Sem Sentido, sem crenças, estes pedaços lutam como monstros que tentam dominá-los como Deuses. E com medo da Solidão, da perda da Sobrevivência, o Ser Humano entrega-se a uma Deus-objeto que tenta Ser o Sentido deste homem. Só que não existe mais homens, pois não há essência, suas crenças estão mortas. Por isso o mau é a ausência de Deus, que só é possível quando o homem entrega-se ao seu objeto, e Deus se ausenta, pois ele é a busca e não os objetos! A Fé de caminhar, acreditando nele!
Na Busca da Sabedoria, Coragem e Amor.
Que não são alcançados eternamente,
Mas conquistados em cada momento
Ao encontrar na Busca da Sabedoria, uma Razão,
Ter coragem para colocá-la em prática,
e que tudo desemboque no Amor. Essa é
a maior contribuição que o Homem pode
dar para a Humanidade.
Enquanto isto, temos ouvido falar
em um foguete que
fará Turismo na Lua.
Quem se candidata a ir? Lembrando que
Este projeto custou milhões de dólares,
Enquanto milhões morrem de fome! Semelhante
a ele a Infovia, uma mar de informações,
Enquanto milhões sem educação vagueiam
pela Idade da Pedra. Neste projeto em cada
lugar dele está representada a nossa Sociedade!
Volto correndo em busca das essências! Estes Deuses como os Icebergs, naufragam as Ilusões do Homem.

Egidio Guerra

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