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quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Chile tem um enorme poder estratégico que ainda não dimensionou totalmente.



Lendo a coluna de Alejandra Martí, diretor executivo do GAM, fico com uma ideia poderosa: o Chile tem um enorme poder estratégico que ainda não dimensionou totalmente. Esse poder não está em um recurso natural tangível, mas na cultura: em sua capacidade de inspirar, conectar e projetar o país para o mundo.


O soft power cultural não é um luxo, é um ativo estratégico. Os países que entenderam isso, a Coreia do Sul com o K-pop, a França com sua diplomacia cultural, os Estados Unidos com Hollywood ou o México com sua indústria musical, conseguiram consolidar sua identidade global, gerar desenvolvimento e se posicionar fortemente na economia criativa.

No Chile já existe uma vibrante rede de espaços culturais, artistas, gestores e comunidades que dia a dia agregam valor, coesão social e inovação. O que falta, como aponta Alejandra, é assumir a cultura como causa do país, com a mesma seriedade com que se fala e investe o cobre ou o lítio.

Investir na cultura não só impulsiona a economia e cria empregos; Também projeta um país aberto, moderno e criativo. É uma mensagem para o mundo, mas também para o interior: a cultura é o que nos lembra quem somos e para onde queremos ir.

Como gestora cultural em territórios adjacentes às grandes cidades, vejo diariamente como a arte, o património e a cultura são motores de coesão e desenvolvimento. Apostar na descentralização cultural e no turismo patrimonial é fundamental para que o valor do Chile não se concentre em poucos lugares, mas seja reconhecido em toda a sua diversidade.
Quando investimos na cultura, investimos na identidade, na memória e num futuro partilhado.

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